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Governo busca equilibrar interesses de BYD e montadoras tradicionais

A disputa entre montadoras no Brasil está esquentando! De um lado, temos a chinesa BYD, que busca uma redução nas tarifas de importação para seus veículos semi-montados. Essa movimentação ocorre, mesmo com a fábrica da marca enfrentando atrasos e investigações sobre práticas de trabalho. Do outro lado, gigantes como Stellantis, General Motors, Volkswagen e Toyota estão em alerta. Elas ameaçam retirar investimentos do Brasil se o governo ceder às pressões da BYD.

Recentemente, a Agência Brasil publicou um artigo bem interessante sobre essa batalha entre as montadoras. O texto aponta que, no fundo, ninguém está completamente certo nessa história. O Governo Federal, ao invés de escolher um lado, parece estar tentando agradar a todos os envolvidos, buscando um meio-termo.

A BYD argumenta que precisa de uma redução nas tarifas de importação de kits em CKD e SKD — que hoje giram entre 18% e 20%, e quer que isso caia para 5% e 10%. Isso deixou as montadoras já estabelecidas no Brasil bem nervosas. E vamos combinar, quem já pegou trânsito pesado entende que mudanças nas tarifas podem impactar não apenas as montadoras, mas o bolso de quem dirige também.

Em uma carta enviada ao presidente Lula, executivos de grandes marcas brasileiras expressaram suas preocupações. Se a redução proposta for aprovada, eles acreditam que isso poderá prejudicar a indústria nacional. Em resposta, a BYD lançou uma provocação poderosa, comparando suas concorrentes a dinossauros e afirmando que “se os dinossauros gritam, é sinal de que o meteoro chegou”.

O clima está tenso, e ambos os lados acreditam na sua própria versão dos fatos. Na próxima reunião do Gecex — que envolve gestores de vários ministérios —, o assunto será debatido com urgência. As montadoras tradicionais estão pedindo a antecipação do aumento nas tarifas de importação para carros elétricos desmontados, o que pode ser um golpe duro para a BYD.

Por outro lado, a BYD quer uma redução temporária do imposto, alegando que precisa de tempo para nacionalizar sua produção. No fim das contas, a jogada do governo parece ser atender a todos, propondo uma cota de isenção para importação, mas com condições que podem deixar todo mundo insatisfeito.

O vice-presidente, Geraldo Alckmin, comentou que ampliar essa cota de isenção é uma possibilidade, mas isso exige mais tempo para a nacionalização. As propostas estão roendo a paciência das montadoras. Se você já teve que decidir entre dois caminhos em uma estrada, sabe que a situação pode ser complicada. Vamos ver como essa estrada se desenrola.

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