EUA ponderam redução de tarifas sobre carros do Japão

Um novo acordo entre os Estados Unidos e o Japão promete agitar o mercado automotivo e trazer boas notícias para as montadoras japonesas. Esse pacto foi anunciado recentemente e traz uma redução significativa nas tarifas sobre veículos japoneses exportados para os EUA, passando de impressionantes 27,5% para 15% a partir do dia 1º de agosto. Sim, isso faz toda a diferença, principalmente se você é fã de carros como os da Toyota e Honda, que passam a ter preços mais competitivos por lá.
Mas não é apenas isso que os japoneses estão trazendo para a mesa. O Japão fez a promessa de investir até US$ 550 bilhões em cadeias produtivas importantes, como semicondutores e produtos farmacêuticos. E isso inclui também a compra de 100 aviões da Boeing e um aumento significativo nas importações de produtos agrícolas dos EUA, como arroz. No fim das contas, a economia parece que vai receber uma injeção de ânimo.
A reação do mercado foi instantânea, com a Bolsa de Tóquio disparando quase 4% logo após o anúncio. As ações da Toyota, por exemplo, subiram mais de 14%, enquanto a Honda teve uma valorização de quase 11%. É interessante ver como essas notícias podem refletir no dia a dia das montadoras. Agora, com menos exigências de testes de segurança para os carros americanos no Japão, isso deve facilitar bastante a vida dos fabricantes norte-americanos.
Manufatura Japonesa e Modelos que Ficam por Aqui
Hoje em dia, os Estados Unidos já possuem fábricas de várias marcas asiáticas, mas alguns modelos ainda vêm diretamente do Japão. O Toyota 4Runner é um exemplo clássico que permanece, mesmo sendo altamente desejado pelo público norte-americano. Curiosamente, a Toyota não tem planos de trazer a produção desse SUV para a América do Norte.
Um modelo que sempre chamou atenção é o Prius, atualmente fabricado exclusivamente no Japão. O icônico Supra, renomado por seu desempenho, é montado parcialmente na Áustria pela BMW, mas finalizado no Japão, mostrando que a tradição japonesa ainda tem seu valor.
Falando de Subaru, o GT-R e o Z da Nissan são os verdadeiros carros dos sonhos que chegam diretamente do Japão. E a Subaru decidiu centralizar a produção do novo Outback por lá, enquanto o Forester foi produzido em Indiana. Por fim, a Mazda continua a fazer sucesso com o lendário MX-5 Miata em Hiroshima e, claro, o crossover CX-5, que fez bonito, vendendo mais de 134 mil unidades apenas no último ano.
Reação das Montadoras Americanas
Nem todo mundo ficou contente com esse novo acordo. O American Automotive Policy Council (AAPC), que representa as gigantes da indústria automobilística de Detroit como Ford, GM e Stellantis, expressou suas preocupações. Eles criticaram o pacto, dizendo que facilita a vida dos carros japoneses, os quais têm pouca ou nenhuma fabricação nos EUA, enquanto os veículos feitos na América do Norte continuam a arcar com tarifas altas.
Além disso, as três grandes montadoras americanas estão enfrentando um cenário desafiador, com novos impostos sobre veículos e peças importados do Canadá e México. Isso pode encarecer os carros por aqui e gerar um impacto para quem está pensando em comprar um zero-quilômetro.
A GM, por exemplo, já revelou um prejuízo forte em seus balanços devido a essas tarifas, o que deixa a situação ainda mais complicada. As montadoras estão numa corrida contra o tempo para se ajustar, já que o prazo final para as novas tarifas chegará em breve.
E nisso tudo, enquanto as empresas tentam se manter à tona no competitivo mundo automotivo, a paixão por dirigir carros de qualidade sempre continua. Cada novidade no mercado nos lembra o quão incrível é essa jornada automobilística e como os acordos internacionais podem influenciar diretamente a nossa experiência ao volante.