VW se une a empresa chinesa para aumentar eficiência dos carros

Depois de puxar uma parceria com a Xpeng em 2023 para dar um gás nos carros elétricos, a Volkswagen resolveu ir além e anunciou que irá usar a nova arquitetura eletrônica, desenvolvida junto com a fabricante chinesa, também nos modelos à combustão. A ideia é simplificar tudo, reduzir custos e acelerar o desenvolvimento dos novos carros para o crescente mercado chinês, que tá pegando fogo com o crescimento de fabricantes locais.
Com essa jogada, a Volkswagen busca se adaptar a um mercado que não dá trégua. Todo motorista que já encarou as ruas da China sabe que a competição é feroz, com empresas locais avançando a passos largos. E a Volkswagen, como um dos grandes players globais, não quer ficar para trás.
Uma arquitetura para todos os motores
Essa nova arquitetura eletrônica, chamada China Electronic Architecture, é fruto do trabalho conjunto entre a Xpeng, a Volkswagen Group China Technology Company e a divisão de software Cariad. Apesar de ter sido pensada para os modelos elétricos que chegarão em 2026, a plataforma agora vai ser usada também para carros com motor a combustão.
Segundo a Volkswagen, essa plataforma inovadora, que conta com três computadores potentes, pode reduzir em até 30% o número de unidades de controle. Menos controles significa menos complexidade e, claro, custos menores. Outro ponto forte é que o sistema permitirá atualizações mais rápidas, algo que deve deixar os motoristas na China bem satisfeitos. Afinal, quem não gostaria de ver melhorias no carro sem precisar ir até a concessionária?
Já pensou? Um carro que se atualiza como um celular! Charles Zhang, da Xpeng, destacou que a Volkswagen é talvez a única montadora global que vai usar uma única plataforma eletrônica para todos os tipos de motores.
A China continua sendo fundamental
A verdade é que a China é um mercado crucial para a Volkswagen. Nos primeiros seis meses de 2025, a maioria esmagadora dos carros vendidos por lá eram à combustão — 95,5%, para ser exato! Os modelos elétricos representaram apenas 4,5%, com uma queda de 35% nas vendas. Os queridinhos da galera continuam sendo os modelos a gasolina, como o Sagitar e o Passat.
O grande objetivo da Volkswagen com essa parceria e nova plataforma é equilibrar a balança e, quem sabe, fazer a transição para o elétrico em um futuro próximo. O primeiro modelo a sair dessa linha compartilhada é esperado para 2026 e será construído na nova CMP (China Main Platform), derivada da arquitetura que a Xpeng utiliza no SUV elétrico G9. Uma prévia do que está por vir já foi mostrada com o conceito ID. Aura no Salão do Automóvel de Xangai.
Além de compartilhar tecnologia, Volkswagen e Xpeng se uniram para desenvolver uma infraestrutura de carregamento ultrarrápido. Esse é um aspecto essencial para brigar de igual para igual com gigantes como BYD e Tesla, que estão dominando o cenário local. Com essa parceria, a expectativa é que a experiência de quem dirige elétrico na China melhore bastante, dando um empurrãozinho na aceitação dos modelos elétricos.
Quem sabe, em breve, a gente não vê muito mais VW elétrico rodando pelas ruas, não é?