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Nissan anuncia fechamento de fábrica do Versa e Frontier no México

Nissan decidiu dar um passo grande e fechar sua fábrica em Civac, no México, até 2027. Essa planta, que é a primeira que a montadora abriu fora do Japão, está no mercado há quase 60 anos e teve papel fundamental na história da empresa.

A decisão faz parte de um plano maior da Nissan para enxugar sua operação global. Assim como muitos apaixonados por carros percebem, o cenário automotivo está mudando e a montadora está enfrentando sérios desafios financeiros, com uma queda alarmante de quase 40% nas vendas desde a pandemia. Para reverter essa situação, a marca vai fechar sete fábricas ao redor do mundo, reduzindo sua capacidade de produção em 30%, o que equivale a cerca de 2,5 milhões de veículos até o ano fiscal de 2027.

Na fábrica de Civac, que hoje é responsável pela produção das picapes Navara e Frontier, a produção caiu bastante. No seu auge, chegou a produzir 294 mil veículos em 2016, mas, ano passado, esse número caiu para apenas 80 mil. Uma mudança brusca, não é? Este ano, a meta caiu ainda mais para 57 mil unidades.

E o que vai acontecer com a planta? A produção que antes era feita em Civac será transferida para duas fábricas que a Nissan possui em Aguascalientes, que já estão funcionando a 79% da capacidade. Ou seja, há espaço para absorver essas novas demandas.

Além disso, a Nissan estava em um joint venture com a Mercedes-Benz e pretende encerrar essa parceria logo depois que chegar ao fim a produção dos crossovers feitos na planta. É um movimento que pode abrir espaço para interesse de fabricantes chineses, que estão de olho em expandir sua presença na América do Norte, como é o caso da BYD e SAIC.

Fechar a fábrica de Civac não é uma decisão fácil. Existe uma rica história e um impacto econômico significativo para a região. A planta ajudou a criar milhares de empregos ao longo das décadas e é parte de um legado que remonta a 1966, quando começou a produzir o Datsun Bluebird.

Em momentos de trânsito pesado, é fácil perceber como nossa relação com o carro vai além de apenas utilizar um meio de transporte; It’s about the journey! Fica a reflexão de que, embora as mudanças sejam necessárias, há sempre um custo emocional envolvido. A história de Civac é um lembrete de que, mesmo as grandes montadoras têm seus altos e baixos, assim como nós, motoristas apaixonados.

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