Ford Everest pode conquistar mercado brasileiro de SUVs?

O Ford Everest, que tem sido um importante representante da marca no segmento de SUVs sobre chassi na Ásia, África e Oceania, acaba de chegar à Argentina. Para quem está de olho nesse modelo, a boa notícia é que ele vem na versão Titanium, que é a topo de linha. Vendo esse lançamento, muitos fãs brasileiros estão especulando se ele pode desembarcar por aqui também. Mas antes de sonhar muito, é bom saber que existe um pequeno impeditivo.
Diferente de outros SUVs do mercado argentino, como o Toyota SW4 ou o Chevrolet Trailblazer, que usam motores a diesel, o Everest só está disponível com um motor 2.3 EcoBoost turbo a gasolina, que entrega 300 cv e 45,5 kgfm de torque. Ele vem com uma transmissão automática de 10 marchas e tração 4×4, garantindo aquele contato firme com a estrada, especialmente em terrenos mais desafiadores.
Falando em eficiência, a Ford divulgou que o Everest faz cerca de 8,3 km/l na cidade e 13 km/l na estrada, com uma média combinada de 10,7 km/l. Quem dirige bastante em condições urbanas sabe como esses números fazem a diferença, ainda mais numa viagem longa ou em um dia de trânsito pesado.
Recentemente, um grupo de jornalistas brasileiros teve a oportunidade de testar o Everest na Argentina, durante o lançamento da picape F-150 Tremor. A Ford alegou que era apenas uma “experimentação”, mas é provável que tenha sido uma forma de colher impressões sobre o modelo antes de uma possível chegada ao Brasil.
É interessante notar que, nas unidades testadas, já há a opção de configurar a central multimídia SYNC 4 com tela de 12″ em português brasileiro. Isso certamente deixa no ar a possibilidade de que o modelo pode ser adaptado para o gosto e as demandas do nosso mercado.
Além disso, há rumores sobre a produção do Everest na Argentina, utilizando a mesma linha de montagem da Ranger, que já é fabricada por lá. Ele já compartilha vários componentes com a picape, como chassi e transmissão. O único ponto que ainda não está claro é a motorização a diesel, que parece ser um requisito muito desejado pelos brasileiros. Por enquanto, vamos acompanhar para ver qual será a decisão da Ford.