Mundo Automotivo

Volvo reduz em 15% sua força de trabalho global

A Volvo está passando por uma reestruturação significativa, que inclui o corte de 15% de sua equipe global, ou seja, cerca de 3 mil funcionários. O objetivo? Economizar aproximadamente US$ 1,87 bilhão e se adaptar às mudanças nas tarifas de importação, além de aprimorar a eficiência operacional. Isso mostra que, mesmo as montadoras premium, como a Volvo, precisam se ajustar às novas realidades do mercado.

Nos Estados Unidos, a marca já demitiu cerca de 60 pessoas em sua sede em New Jersey. A empresa afirma que essa mudança visa tornar a estrutura mais enxuta e, quem sabe, garantir um futuro mais sustentável nas operações da América. Enquanto isso, a concorrente BYD acaba de abrir 508 vagas em uma nova fábrica na Bahia, destacando que o mercado automotivo está bem dinâmico por aqui.

Boa parte das demissões vai ocorrer na Suécia, onde a marca tem sua sede. Isso tem a ver com as tarifas que foram elevadas durante a administração Trump. Para se ter uma ideia, cerca de 90% dos carros vendidos nos EUA são importados. Portanto, a Volvo está ajustando sua operação interna para lidar com esses custos adicionais. E por falar em movimentos estratégicos, a Nissan anunciou que vai começar a exportar veículos elétricos fabricados na China a partir de 2026, o que pode afetar outras montadoras.

Apesar de ter visto um crescimento de 6% nas vendas nos EUA no primeiro semestre de 2025, atingindo 64.680 unidades, a Volvo está adotando uma postura bem mais cautelosa diante da instabilidade econômica. Diferente desse posicionamento, a BYD está ampliando suas operações, o que mostra que o setor tem espaço para diferentes estratégias.

Adicionalmente, antes dessa rodada atual de demissões, a Volvo já havia demitido cerca de 800 trabalhadores em fábricas de Dublin (Virgínia), Hagerstown (Maryland) e Macungie (Pensilvânia), onde a marca opera a Mack Trucks.

Falando em adaptações, a Volvo quer melhor aproveitar sua planta em Ridgeville, na Carolina do Sul. Em 2024, apenas 20 mil veículos foram produzidos lá, o que representa apenas 13% da capacidade total. Há planos para incluir o famoso SUV XC60 na linha de montagem, então quem sabe uma boa notícia esteja a caminho para os fãs desse modelo.

Por mais que a Volvo esteja enfrentando desafios, a montadora ressalta que essas mudanças são estratégicas para garantir sua competitividade e manter a lucratividade em um mercado cada vez mais complicado. E é bom lembrar que a marca também está lidando com um recall de 12 mil carros devido a uma falha de software, um ponto que pode impactar um pouco a imagem da empresa. No mundo automotivo, cada detalhe conta, e as marcas precisam estar atentas a tudo o que afeta a experiência do consumidor.

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