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União Europeia planeja proibir locadoras de comprar carros a combustão

A União Europeia está com um plano audacioso: a meta é banir a venda de carros novos a gasolina e diesel até 2035. Agora, uma proposta está em discussão que pode acelerar essa transição. A ideia é que, a partir de 2030, as locadoras de veículos na região só possam comprar modelos 100% elétricos. Embora essa proposta ainda esteja sendo analisada, já está gerando bastante debate.

De acordo com o tabloide alemão Bild, a Comissão Europeia está discutindo isso e pretende apresentar a ideia oficialmente até o fim do verão europeu. A intenção é fazer com que as grandes locadoras de veículos troquem seus frotas para elétricos cinco anos antes do término da venda de carros a combustão.

O chanceler da Alemanha, Friedrich Merz, já se manifestou contra a ideia. Ele defendeu que isso ignora as necessidades imediatas da Europa e criticou a insistência em tecnologias que podem não estar totalmente prontas até a data estipulada.

Atualmente, a Comissão ainda está realizando uma avaliação de impacto em colaboração com montadoras e representantes do setor. Essa nova regra, se aprovada, pode afetar até 60% do mercado de carros novos na Europa. Isso tudo acontece numa atmosfera já bastante conturbada, especialmente após apelos de montadoras em março pedindo uma transição mais gradual em relação ao fim dos motores a combustão.

Embora a meta de 2035 fique de pé, o regulamento europeu atual exige que os novos veículos vendidos após essa data emitam zero carbono, o que poderia abrir uma brecha para combustíveis sintéticos. Mas essa alternativa ainda enfrenta grandes desafios em termos de viabilidade econômica e produção em larga escala.

Além disso, se a proposta seguir adiante, locadoras e grandes empresas têm um grande desafio pela frente: elas precisam correr para adquirir veículos a combustão antes de 2030, o que poderia estender o uso desses modelos por mais alguns anos, mas é uma solução apenas temporária.

Mesmo com mais elétricos nas ruas, ainda enfrentamos obstáculos, principalmente em viagens mais longas ou em áreas rurais com pouca infraestrutura de recarga. E não vamos esquecer: os preços dos elétricos ainda são um empecilho, e muitos consumidores ficam receosos com a possibilidade de não encontrar um modelo que atenda às suas necessidades.

Com essas novas regras, o futuro dos carros a combustão fica cada vez mais estreito. Embora a proposta não proíba completamente os motores a combustão, as possibilidades de coexistência com combustíveis sintéticos têm suas limitações por conta da dificuldade de produção. As tendências parecem apontar mesmo para uma gradual saída dos motores tradicionais.

Vai ser interessante ver como isso se desenrola. Enquanto isso, a União Europeia claramente está jogando para acelerar essa transição, impactando não só o mercado de veículos, mas também a mobilidade urbana e até o turismo. A velocidade das mudanças nos carros que amamos pode ser assustadora, mas também abre espaço para novas tecnologias e, quem sabe, novas paixões automotivas.

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