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Fiscalização da qualidade dos combustíveis enfrenta crise financeira

A ANP, que cuida da qualidade dos combustíveis no Brasil, trouxe uma notícia que pode deixar a galera de carro e moto um pouco apreensiva. Na última segunda-feira, foi anunciada a suspensão do Programa de Monitoramento da Qualidade dos Combustíveis durante todo o mês de julho. E isso não é só uma parada temporária, é parte de um plano maior, motivado por cortes no orçamento do órgão.

Esses cortes vêm acontecendo há alguns anos e a situação não é nada fácil. Para se ter uma ideia, entre 2013 e 2024, o dinheiro disponível para a ANP caiu 82%. De R$ 749 milhões, agora são apenas R$ 134 milhões. Quando se olha para 2025, o cenário é ainda mais preocupante, com um bloqueio que deixou a verba em R$ 105,7 milhões.

O pessoal da ANP comentou que essa redução de recursos vai impactar diretamente suas atividades. E a gente sabe como isso pode influenciar na qualidade do combustível que abastecemos, não é mesmo?

Como funciona o Programa de Monitoramento?

O Programa de Monitoramento da Qualidade dos Combustíveis, que começou em 1998, faz um trabalho fundamental. A ideia é analisar se a gasolina, etanol e diesel estão dentro das normas estabelecidas. Assim, se encontra e corrige produtos que não atendem às especificações.

Todo mês, a ANP coleta amostras de combustíveis nos postos, escolhidas aleatoriamente. As análises são feitas em laboratórios especializados, onde se verifica se tudo está nos conformes. E isso é muito importante para garantir que você, ao abastecer, não tenha surpresas desagradáveis na hora de ligar o motor ou na hora de pegar a estrada.

Com a suspensão do PMQC, as mudanças não param por aí. A ANP também anunciou cortes na fiscalização, redução de despesas com diárias e passagens dos fiscais, e as reuniões e audiências vão ser feitas de forma remota. Sem dúvida, é um momento delicado, em que todos devemos ficar atentos à qualidade do que está sendo oferecido nos postos.

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