A Semana do Automóvel de Monterey, que acontece na namoradinha da Califórnia, vai pegar fogo em 2025 com um leilão que promete deixar qualquer amante de carros grudado na tela. No dia 16 de agosto, a RM Sotheby’s vai colocar na pista uma verdadeira relíquia da Ferrari: uma F40 LM GTC. E não é qualquer modelo, não! Essa belezura é uma das apenas 19 unidades modificadas pela Michelotto e, pra completar, é a mais potente de todas, com nada menos que 760 cavalos de pura adrenalina.
Se você é fã de carros de corrida, sabe que a F40 é um ícone. Lançada em 1987, essa belezinha ganhou uma versão LM, feita sob medida para as pistas. A Ferrari e a Michelotto se uniram para criar um carro que não só competia, mas dominava as corridas. Essa Unidade é a número 14 da série LM e foi feita especialmente para o campeonato europeu FIA-GT, o que significa que ela tem potência e desempenho superiores à versão americana, que corria na IMSA.
De 480 para 760 cv: F40 levada ao limite
Enquanto a F40 de rua exibe seus 480 cv, a LM ultrapassa as expectativas com várias modificações que elevaram sua potência quase que em 300 cv. O segredo está nos detalhes: turbocompressores maiores, novos intercoolers, ajustes nos comandos de válvula, mapeamento eletrônico otimizado e uma nova entrada de ar que faz o motor respirar melhor — resumindo, muito mais potência a cada pisar no acelerador.
E não para por aí. O visual e a aerodinâmica do carro foram pensados até o último detalhe. O spoiler dianteiro tem um design que faz a F40 colar no chão, com saídas de ar no capô e um fundo planejado que gera efeito Venturi. Os freios foram upgradeados para um conjunto de alta performance da Brembo, as rodas ficaram mais largas e calçadas com pneus slick. Se você já pegou estrada com um carro esportivo, sabe como isso tudo impacta na hora da verdade.
Por dentro, a F40 LM mantém o espírito de um carro de corrida. Os bancos tipo concha garantem que você fique bem preso em curva, o painel é funcional e tem cintos de quatro pontos. Janelas deslizantes de policarbonato mantém tudo leve, porque em uma máquina dessas, cada grama faz diferença.
Finalizada em dezembro de 1992, essa F40 fez parte da coleção de Walter Hagmann, um suíço com gosto para carros que vai além da F40, incluindo uma Ferrari 275 GTB/4 e uma F50. Após algumas trocas de dono e eventos de exposição, o carro finalmente foi certificado pela Ferrari Classiche em 2009, garantindo que motor, câmbio e carroceria permanecem originais.
Manutenção e Valorização
Uma das únicas modificações reconhecidas foi a troca das rodas originais por um conjunto de magnésio da OZ, mas isso não afetou seu pedigree. Em 2014, a F40 LM passou por uma restauração completa — o que incluiu uma revisão geral do mecânico, pequenos reparos à carroceria e uma nova pintura no tradicional Rosso Corsa.
Na mais recente manutenção, em junho de 2025, o carro foi levado à Rosso Corsa Inc., conhecida por sua especialização em modelos italianos. O serviço incluiu a troca de tanques de combustível, filtros, correias, velas e pneus Michelin Pilot Sport GT Slick S7M, com um custo que ultrapassou US$ 67 mil.
Só para ficar claro, a previsão de venda da RM Sotheby’s está na casa de US$ 8,5 milhões a US$ 9,5 milhões. A última F40 LM vendida em leilão arrecadou € 4,84 milhões em 2019. É uma valorização que mostra apenas o que os modelos de corrida da Ferrari podem alcançar nas mãos de colecionadores e entusiastas.
