Correia com falha gera prejuízo a motoristas e é descartada

A Stellantis, que junta marcas conhecidas como Peugeot, Citroën, Fiat e Jeep, decidiu dar uma guinada em sua linha de motores PureTech 1.0 e 1.2. Depois de uma série de problemas sérios, os europeus, que já não estavam nada felizes com a situação, exigiram mudanças. O resultado? A montadora vai abandonar as famosas correias banhadas a óleo, que prometiam mais eficiência, mas acabaram se mostrando um elefante branco em termos de durabilidade.
Esse tal sistema de correia imersa em óleo foi adotado por várias montadoras como uma forma de reduzir ruídos e melhorar a performance. A ideia era bem legal: a correia ficava sempre bem lubrificada, o que deveria proporcionar uma vida útil maior. Mas, aqui entre nós, quando a coisa saiu do papel, apareceu um problema bem sério — muitos motoristas relataram que a correia começou a estragar bem antes do esperado, às vezes com menos de 50 mil quilômetros rodados.
E o que é pior: quando isso acontece, os fragmentos da correia acabam contaminando o óleo do motor, resultando em entupimentos e até danos irreversíveis. Ninguém quer abrir o capô e ver que a vida do motor se foi por causa de um detalhe que parecia inovador!
Stellantis reage com recall, ressarcimentos e mudança estrutural
Com a avalanche de reclamações na Europa, a Stellantis teve de agir rápido. Vários recalls foram realizados, afetando modelos populares como Peugeot 208 e Citroën C3. Além disso, a montadora iniciou reembolsos e trocas de correias e motores, algumas ocorrendo até fora do período de garantia.
E o mais interessante? Agora, em vez de usar aquelas correias problemáticas, os novos motores PureTech irão contar com correntes metálicas tradicionais. Uma mudança e tanto!
A situação no Brasil: Chevrolet enfrenta o mesmo problema
Enquanto a Stellantis lida com seus perrengues, aqui no Brasil a situação não é muito diferente. A Chevrolet também investiu nesse tipo de correia em modelos como Onix e Tracker, e as reclamações não param de aparecer nas redes sociais. Há quem diga que a Tracker 2026 vai trazer algumas alterações, mas a correia úmida ainda faz parte do projeto. Já no Onix, a GM parece ter optado por apenas reforçar os componentes, sem abandonar totalmente essa tecnologia que vem trazendo tantos problemas.
Essa manutenção do sistema levanta um alerta entre especialistas do setor. Se na Europa o problema já está sendo tratado com seriedade, aqui no Brasil a gente continua na expectativa de que algo mude de fato.
O problema está no material ou no óleo?
Quando o assunto é a degradação precoce dessas correias, a conversa fica acalorada entre os engenheiros. Alguns falam que o material da correia é o vilão, enquanto outros acreditam que tudo se resume ao tipo de óleo utilizado ou até à temperatura alta nos motores turbo. Tem quem diga que trocar o óleo fora do padrão indicado pode ter um impacto negativo direto na vida da correia.
E isso nos leva a um ponto importante: será que esse sistema aguenta o tranco do uso diário em um país como o Brasil, onde o clima pode ser extremo e a manutenção nem sempre ocorre nas concessionárias?
A escolha da Stellantis de voltar para as correntes metálicas pode ter um efeito dominó nas outras montadoras. A pressão por mais transparência e responsabilidade nas falhas mecânicas só aumenta. Enquanto isso, quem paga a conta é o consumidor, que acaba lidando diretamente com as consequências de uma inovação que, em vez de facilitar a vida, trouxe dor de cabeça.