BYD corta produção em fábricas na China devido à desaceleração

A BYD, uma gigante no mundo dos carros elétricos, está dando uma desacelerada nas produções lá na China. A verdade é que suas vendas não estão indo tão bem, e o resultado disso é um estoque considerável de veículos nas concessionárias. Mesmo depois de cortar preços por lá, os números não acompanharam o esperado.
Os bastidores da empresa revelam que eles suspenderam planos de expansão das linhas de montagem e reduziram os turnos em pelo menos quatro fábricas. Em algumas delas, a produção caiu em até um terço! A ideia por trás dessas decisões é economizar custos enquanto lidam com as metas de vendas que não estão sendo cumpridas.
Falando em números, de janeiro a maio deste ano, a BYD vendeu 1,76 milhão de veículos de nova energia, o que representa um crescimento de 38,7% em comparação com o mesmo período do ano passado. Apesar de ser um bom aumento, é um salto bem menor que o que vimos anteriormente, quando os percentuais chegavam a mais de 200% por ano.
Esse crescimento mais modesto gerou uma pressão nos estoques. Entre janeiro e abril, as concessionárias acumularam cerca de 150 mil veículos parados. Para dar uma ideia, isso corresponde a meio mês de vendas! Com isso, a empresa precisou aumentar os descontos para tentar fazer esses carros saírem dos pátios.
Uma pesquisa da Associação de Concessionários da China mostrou que, em maio, a BYD tinha o maior nível médio de estoque entre as marcas, com impressionantes 3,21 meses, enquanto a média do setor ficava em 1,38 meses. Isso pode acabar desgastando a relação com os revendedores, o que já se reflete em algumas notícias. Uma grande concessionária na província de Shandong chegou a declarar falência e deixou pelo menos 20 lojas fechadas.
Apesar desse cenário complicado lá dentro, a BYD não está deixando a peteca cair e continua investindo fora da China. Eles anunciaram um fornecimento de aço da austríaca Voestalpine para uma nova fábrica de carros na Hungria, mostrando que ainda têm grandes planos de expansão internacional.
E não para por aí. Eles estão apostando em inovação, como é o caso do supercarro elétrico Yangwang U9, que vai voltar ao desafiador circuito de Nürburgring para tentar estabelecer novos recordes de velocidade.
O mercado automotivo, claro, está cada vez mais competitivo. Depois dos cortes da BYD, outras montadoras chinesas entraram numa “guerra de preços”, tentando conquistar clientes. E, enquanto isso, empresas como a FAW Hongqi estão explorando novas alternativas, como os veículos com células de hidrogênio.
Mesmo diante de todos esses desafios, a BYD mantém sua meta ambiciosa de vender 5,5 milhões de carros em 2025. Isso seria um crescimento de quase 30% em relação ao ano passado. O que importa agora é encontrar um jeito de manter esse ritmo sem sobrecarregar a cadeia de produção e distribuição.