Exploradores encontram mina de ferro abandonada e túnel de 2,5 km

Em uma parte remota da França, um grupo de exploradores urbanos aventurou-se em túneis sombrios e arriscados para descobrir os vestígios de uma antiga mina de ferro. A jornada os levou a mais de dois quilômetros sob a terra, enfrentando obstáculos e revelações ao longo do caminho.
O objetivo era incrível: um sistema de elevação ainda preservado, completo com cabos, trilhos, polias e estruturas que pareciam ter saído de um filme.
### A longa jornada até o coração da mina
A entrada da mina se destacava por um túnel estreito, sustentado por arcos e recebendo um forte fluxo de ar. Essa ventilação natural surpreendeu os exploradores, criando a sensação de estar em um verdadeiro túnel de vento.
O caminho, no entanto, não era nada fácil. Era escuro, úmido e cheio de partes instáveis, com trechos que ameaçavam desmoronar a qualquer momento. Em certas áreas, as paredes eram reforçadas com tijolos, enquanto em outras, eram apenas rochas brutas. Sinais de antigos desabamentos estavam por toda parte, com tetos arqueados e passagens bloqueadas. Em uma bifurcação, eles decidiram seguir as trilhas deixadas pelos trilhos de minério, na esperança de alcançar o antigo elevador.
### Riscos, colapsos e túneis secundários
A cada passo, o grupo precisava ser cauteloso. Algumas partes do túnel tinham tetos que já cederam, sustentados apenas por vigas enferrujadas que pareciam estar prestes a desmoronar. Áreas alagadas e escorregadias tornavam a caminhada ainda mais difícil. Em um certo ponto, eles se depararam com um colapso total que bloqueava o caminho.
No entanto, marcas de pegadas no local mostraram que outras pessoas haviam conseguido escalar os escombros. Cautelosamente, decidiram seguir o mesmo trajeto. Logo depois, eles encontraram escadas improvisadas, inscrições em francês nas paredes e antigas instalações de cabos. Um túnel lateral os levou a uma sala ampla, com um piso de azulejos que sugeria algo especial.
### O elevador subterrâneo intacto
Depois de quase duas horas caminhando, o grupo finalmente chegou ao que chamaram de “o ponto alto” da expedição: o sistema de elevação da mina. Era uma estrutura impressionante, composta por um grande tambor de aço, engrenagens e cabos. Tudo indicava que esse equipamento era usado para transportar tanto cargas quanto pessoas entre os diferentes níveis da mina.
Na sala de operação, eles encontraram painéis, mostradores e um sistema de freios bem conservado. Um tubo de comunicação, possivelmente usado para se comunicar com outros setores da mina, ainda estava preso à parede, conservando sua placa de identificação intacta.
No chão, trilhos duplos levavam a um poço vertical profundo. Perto dali, avistaram a estrutura de um elevador de carga, com portas metálicas que pareciam conduzir a um escuro absoluto. O equipamento estava equilibrado por um sistema de contrapeso, destacado por dois cabos que saíam do tambor principal.
### Caminhos perigosos e estruturas frágeis
Com pressa para acessar o outro lado da estrutura do elevador, os exploradores se depararam com uma travessia instável. Ao pisar em uma das vigas, perceberam que ela estava perigosamente solta. Assim, recuaram e buscaram outros túneis para prosseguir.
Do lado oposto, encontraram um vagão de minério, aparentemente carregado de material laranja, muito possivelmente minério de ferro. Havia alavancas que pareciam alinhar os carrinhos com o elevador e placas indicando profundidades de 111 e 125 metros, além de botões com inscrições intrigantes como “Execução”.
### Testes e ecos profundos
Para descobrir a profundidade do poço, um dos exploradores lançou um objeto e aguardou. Após alguns segundos de silêncio e expectativa, o som ecoou de volta, confirmando que a queda foi longa. Uma segunda tentativa apenas reforçou a ideia de que as partes mais profundas da mina estavam provavelmente inundadas ou inacessíveis.
Apesar do desafio e do cansaço acumulado, ninguém no grupo perdeu o foco na segurança e na documentação de tudo o que viam. Eles registraram cada detalhe, impressionados com a preservação daquela máquina e ambiente tão esquecidos.
### Último olhar antes da saída
Conforme o tempo ia passando e o cansaço se acumulando, decidiram não explorar os túneis laterais. O principal objetivo era sair em segurança. Ao se afastarem da sala do elevador, notaram inscrições antigas, arcos impressionantes e novos caminhos desmoronados. O retorno levou quase uma hora.
No final da exploração, o grupo percebeu que passara mais de seis horas dentro da mina. A estrutura do elevador, com sua engenharia impressionante e ótima conservação, foi reconhecida como o ponto alto da visita. A experiência foi descrita como única, comparável apenas a cenas de filmes sobre minas clássicas.
Os vestígios de componentes antigos, como tubos de comunicação e luminárias de porcelana, sugerem que a mina pode ter sido ativa até o meio do século XX. Mesmo após décadas de abandono, os sistemas continuam reconhecíveis, oferecendo uma visão rara de como funcionava a mineração subterrânea nas profundezas da França.