Taxa sobre luxo na China impacta veículos da BYD

Comprar um carro de luxo na China ficou mais caro, e a mudança pegou todo mundo de surpresa. O governo baixou o limite para a taxa de luxo de 1,3 milhão para 900 mil yuans, que equivale a cerca de R$ 1,01 milhão para R$ 698 mil. Essa taxa de 10% agora afeta não só SUVs grandes e sedãs de alto padrão, mas também os elétricos de luxo, como o famoso BYD Yangwang U8. Essa decisão começou a valer em 20 de julho.
Imagina o impacto que isso teve no mercado! O anúncio veio à tona apenas 48 horas antes, como se fosse algo saído de um filme de ação. A justificativa? Incentivar um consumo “mais racional”, que, para muitos, soa como uma tentativa de parar os gastos exagerados. Essa taxa é aplicada sobre o preço final do carro, já incluindo as opções, até mesmo para os elétricos, que muitas vezes têm isenção em outras taxas.
Atualmente, os fabricantes europeus enfrentam uma maré difícil na China, com vendas em baixa. No primeiro semestre de 2025, a BMW viu suas vendas caírem 15%, enquanto a Mercedes-Benz teve uma queda de 14%. A Porsche amargou 37% a menos em suas vendas, e a Jaguar Land Rover, que engloba as marcas Range Rover e Defender, perdeu 31% das vendas. Para completar, o diretor financeiro da JLR comentou que a maioria dos Range Rovers vendidos na China agora se encaixa nessa nova faixa de tributação, deixando a marca em estado de alerta e com receio do que pode acontecer.
Além disso, a Mercedes-Benz decidiu não aumentar os preços de alguns modelos, como o Classe S, até 31 de agosto, com um slogan que reforça a honra da marca mesmo diante das mudanças repentinas.
### Sobrou até para a BYD
Mesmo que a nova taxação tenha como alvo principal as marcas estrangeiras, ela também atingiu alguns produtos chineses, como o Yangwang U8 da BYD. Esse SUV de luxo, que tem preços que superam a nova faixa de tributação, vem equipado com tecnologia híbrida e foco em desempenho, e é visto como concorrente direto de marcas premium mais tradicionais.
O que isso significa para a BYD? A empresa construiu sua imagem nos últimos anos oferecendo um ótimo custo-benefício. Agora, com o U8, a aposta é no segmento de luxo, e a marca pode ter que decidir entre absorver os custos, reduzir margens de lucro ou repassar esse aumento para os consumidores. Uma decisão delicada, já que ela está em busca de espaço em um mercado tão competitivo.
Os revendedores também estão pensando em estratégias como oferecer descontos para veículos que estejam perto do limite de preço, como o Porsche Taycan. Mas, segundo especialistas, essa manobra exigiria cortes permanentes de preços, algo que ainda não está definido.
À medida que as vendas caem e as marcas locais se destacam no segmento premium, o segundo semestre promete ser um verdadeiro desafio para as montadoras europeias na China.