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Venda de mina de ouro em Goiás por US$ 76 milhões é concluída

Uma grande movimentação no setor de mineração brasileiro chamou a atenção recentemente. Com um investimento de US$ 76 milhões, a canadense Aura Minerals adquiriu a Mineração Serra Grande, localizada em Crixás, Goiás. Essa mina é a maior em operação no estado e fazia parte da AngloGold Ashanti, uma gigante mineradora sul-africana. A mudança promete impactar o mapa da mineração no Brasil de forma significativa.

Essa transação não é apenas uma troca de propriedade. Ela simboliza duas abordagens estratégicas distintas. Enquanto a AngloGold opta por otimizar seu portfólio, a Aura vê uma oportunidade de revitalizar um ativo de alto potencial e se consolidar no mercado de mineração de ouro no Brasil.

O que é a mina Serra Grande? A joia da coroa em Crixás (GO)

A Mineração Serra Grande é uma das principais fontes de ouro do Brasil. Situada em Crixás, sua operação começou nos anos 1980 e conta com três minas subterrâneas e uma a céu aberto. Desde 1998, mais de 3 milhões de onças de ouro foram extraídas dali. Em 2024, a mina produziu cerca de 80 mil onças e tem reservas que podem garantir sua importância no longo prazo, com 370 mil onças em reservas conhecidas e ainda mais em potencial.

Um negócio de US$ 76 milhões: Os detalhes da venda em 2025

A transação foi anunciada oficialmente em 2 de junho de 2025. Com um pagamento inicial de US$ 76 milhões, esse valor será repassado assim que o negócio se fechar, previsto para o terceiro trimestre de 2025. Além do pagamento à vista, a AngloGold também receberá royalties de 3% sobre a receita da produção de ouro proveniente das reservas já existentes. Essa venda precisa passar pela aprovação do CADE, o órgão regulador de defesa da concorrência no Brasil.

Por que a AngloGold vendeu a maior mina de ouro em operação em Goiás?

Para a AngloGold Ashanti, a venda da Serra Grande faz parte de uma estratégia global de reestruturação. A mineradora busca focar em ativos maiores e mais rentáveis, que podem garantir melhores retornos para seus acionistas. O CEO da empresa mencionou que a Serra Grande, embora produtiva, era uma operação de menor escala, o que motivou a venda para um operador que a possa explorar de maneira mais dedicada.

A visão da Aura Minerals: por que a empresa canadense comprou a mina?

Para a Aura Minerals, essa aquisição é uma excelente oportunidade. A empresa já tem operações no Brasil e se especializa em revitalizar minas com grande potencial. O presidente da Aura, Rodrigo Barbosa, afirmou que a intenção é aumentar a produção, diminuir custos e prolongar a vida útil da mina. A expectativa é transformar a Serra Grande em um dos principais ativos da empresa utilizando um modelo de "mineração 360°".

Com a venda prestes a ser concluída, a Aura está pronta para iniciar um novo ciclo de investimentos em Crixás. A companhia acredita que sua experiência na revitalização de minas será fundamental para o sucesso do projeto.

Esta mudança é boa tanto para a região de Goiás quanto para o setor de mineração brasileiro. Ela não só garante a continuidade da mina, mas também abre as portas para uma potencial expansão, resultado na criação de empregos e riqueza em uma área que já é vital para a economia local.

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