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Trump indicado ao Nobel da Paz por acordo entre Camboja e Tailândia

O Camboja anunciou que deseja indicar Donald Trump ao Prêmio Nobel da Paz, conforme declarado pelo vice-primeiro-ministro Sun Chanthol na última sexta-feira. Essa movimentação surge após a participação ativa do ex-presidente dos Estados Unidos na mediação de um cessar-fogo com a Tailândia, que pôs fim a um dos maiores conflitos na fronteira entre os dois países em mais de dez anos.

Recentemente, a Reuters informou que a diplomacia de Trump envolveu uma ligação telefônica decisiva que ajudou a destravar as negociações ocorridas na Malásia. Esse conflito resultou em pelo menos 43 mortes e mais de 300 mil pessoas deslocadas. As partes envolvidas aceitaram a proposta de trégua no início desta semana.

Quem está indicando Trump ao Prêmio Nobel da Paz?

A confirmação da indicação veio diretamente de Sun Chanthol, que é vice-premiê e principal negociador comercial do Camboja. Durante uma entrevista em Phnom Penh, ele respondeu a uma mensagem de texto sobre a proposta dizendo “sim”. Chanthol fez questão de agradecer a Trump por “trazer a paz”, mencionando que ele merece um reconhecimento internacional pelos seus esforços.

Não é só o Camboja, o Paquistão e Israel também demonstraram interesse em indicar o ex-presidente americano para o Nobel. Recentemente, o primeiro-ministro israelense Binyamin Netanyahu revelou que já fez uma recomendação formal. Enquanto isso, o governo paquistanês destacou a importância da atuação de Trump na diminuição das tensões com a Índia.

Qual foi o papel de Trump no cessar-fogo entre Tailândia e Camboja?

O conflito que durou cinco dias envolveu disputas territoriais históricas entre Tailândia e Camboja. O papel de Trump como mediador, com um telefonema para os dois governos, foi considerado um fator crucial para que as negociações avançassem e resultassem em um acordo de cessar-fogo, negociado em Kuala Lumpur.

A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, confirmou a participação de Trump e até publicou na rede social X: “Deem a ele o Prêmio Nobel da Paz!”. Essa mensagem teve grande repercussão e alimentou a campanha por um reconhecimento internacional.

Além disso, Sun Chanthol destacou que a redução das tarifas sobre produtos cambojanos exportados aos EUA foi outro motivo para a indicação. Washington havia planejado aumentar as tarifas a incríveis 49% sobre vestuário e calçados, mas reverteu para 19% após negociações, o que ajudou a evitar um colapso em um setor vital para a economia do Camboja.

Ele comentou que essa mudança foi fundamental para preservar empregos e garantir receitas de exportação. “Reconhecemos seus grandes esforços pela paz e pela economia”, afirmou o vice-premiê.

O que diz o Comitê do Prêmio Nobel?

O Comitê Norueguês é o responsável por decidir quem leva o Prêmio Nobel da Paz. Todos os anos, eles avaliam centenas de indicações, que podem vir de governos, parlamentares, ex-laureados e organizações com status consultivo. A nomeação formal para o Nobel de 2025 só será analisada no primeiro trimestre do próximo ano, e os nomes dos indicados ficam em sigilo por 50 anos. Apesar disso, é comum que líderes anunciem suas intenções publicamente por razões políticas ou diplomáticas.

Trump já foi indicado outras vezes?

Sim, durante seu primeiro mandato, Trump já recebeu indicações ao Nobel da Paz por sua atuação nos Acordos de Abraão, que normalizaram as relações entre Israel, Emirados Árabes Unidos e Bahrein. No entanto, essas indicações não resultaram em premiação.

A nova proposta do Camboja faz ressurgir discussões sobre o papel dos EUA em conflitos ao redor do mundo e levanta questões sobre os critérios políticos e simbólicos do Nobel da Paz, frequentemente criticados por sua subjetividade e suas ligações com a geopolítica.

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