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Raio registrado supera distância entre Curitiba e Rio de Janeiro

Um estudo recente trouxe à tona uma informação surpreendente: o maior relâmpago já registrado percorreu incríveis 829 quilômetros nos Estados Unidos, o que equivale a um trajeto quase igual entre Curitiba e o Rio de Janeiro. Esse fenômeno impressionante ocorreu em 2017, durante uma tempestade no Centro-Oeste americano, mas só agora ele ganhou reconhecimento oficial graças a análises feitas com imagens de satélite.

O relâmpago foi registrado pelo satélite GOES-16, da NOAA (Agência Nacional Oceânica e Atmosférica), e teve uma duração de 7,39 segundos. A Organização Meteorológica Mundial validou esses dados, que foram publicados em uma revista especializada. Antes, o recorde pertencia a um raio que cruzou partes do Brasil e da Argentina em 2018, com 709 quilômetros. Vale destacar que esse último mantém o título de maior duração, alcançando impressionantes 17 segundos.

O que são os mega-raios e por que impressionam

Os mega-raios, também chamados de mega-flashes, se diferenciam dos raios comuns, que duram frações de segundos e têm trajetórias curtas. Esses fenômenos raros podem durar vários segundos e se estender por palavras longas. Segundo os especialistas, mega-raios aparecem em apenas 1 a cada 1.000 tempestades.

O relâmpago recordista se formou em uma tempestade convectiva intensa, marcada por potentes correntes de ar e uma grande quantidade de água e gelo nas nuvens. Essa combinação gera camadas densas de eletricidade, que, ao colapsarem, criam aquelas descargas impressionantes.

Onde esses raios extremos costumam ocorrer

Os mega-raios são mais comuns em regiões como o Centro-Oeste dos Estados Unidos e no sudeste da América do Sul. Justamente nessa última área, houve o registro anterior, que atravessou o Paraguai, o sul do Brasil e o norte da Argentina.

Michael Peterson, um dos principais pesquisadores do estudo, analogicamente compara mega-flashes a "folhas de papel eletricamente carregadas", se estendendo por longas distâncias, mas com espessura mínima. Esses fenômenos acontecem na troposfera, até cerca de 11 quilômetros de altitude, onde as condições são ideais para explosões de grande magnitude.

Maior raio registrado na história, praticamente a distância entre Curitiba e Rio de Janeiro

Até pouco tempo atrás, a medida desse tipo de raio era feita com equipamentos em solo, que captavam sinais de rádio das descargas. Agora, com o avanço dos satélites geoestacionários como o GOES-16, é possível mapear em detalhes o início, a trajetória e a duração dos raios em todo um continente.

O GOES-16 registrou 116 picos de descarga ao longo do caminho do relâmpago recordista, trazendo um nível de detalhe inédito. Essas informações são cruciais para manter bancos de dados e modelos climáticos atualizados, que ajudam a prever e mitigar riscos como incêndios florestais, quedas de energia e acidentes.

Por que estudar mega-raios é tão importante

De acordo com o climatologista Randy Cerveny, ainda pode haver raios maiores por aí e futuras medições podem derrubar esse recorde. Estudar esses fenômenos é fundamental para entender como se formam as tempestades extremas. Isso contribui para criar alertas mais eficientes e estratégias de proteção, especialmente em áreas urbanas e rurais que estão em risco.

Além disso, os mega-raios têm uma quantidade de energia que pode incendiar florestas, afetar sistemas elétricos e até interferir em voos comerciais. Portanto, monitorar essas descargas é uma questão de segurança pública e ambiental.

Você já teve a chance de presenciar um raio de grandes proporções? Tem a impressão de que eventos extremos como este estão se tornando mais frequentes? Compartilhe sua experiência com a gente!

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