Figma define preço de IPO em US$ 33, acima do esperado

Figma Realiza IPO com Ação Avaliada em R$ 33 e Levanta R$ 6,1 Bilhões
A Figma, desenvolvedora de um popular software de design, realizou sua oferta pública inicial (IPO) na última quarta-feira, com as ações sendo precificadas a R$ 33 cada, acima da faixa esperada. A estreia das ações será no pregão da Bolsa de Valores de Nova York, sob o símbolo "FIG". Essa oferta arrecadou cerca de R$ 6,1 bilhões, e a maior parte dos recursos será direcionada a acionistas já existentes.
A empresa busca aproveitar a recente recuperação do mercado financeiro para as IPOs de tecnologia. Desde o começo do ano, outras companhias, como a Circle, que emite stablecoins, e a CoreWeave, fornecedora de infraestrutura de inteligência artificial, tiveram desempenhos promissores após suas estreias. Além delas, empresas do setor de tecnologia no campo bancário e de saúde também conseguiram listar suas ações com sucesso.
Com essa oferta, a Figma foi avaliada em R$ 100,4 bilhões. Inicialmente, a companhia havia concordado em ser adquirida pela Adobe por R$ 104 bilhões, mas o negócio não foi para frente em 2023 devido a objeções por parte de órgãos reguladores. Como resultado do cancelamento, a Adobe pagou à Figma uma multa de R$ 5,1 bilhões.
Na segunda-feira, antes do IPO, a Figma havia estimado que o preço de suas ações ficaria entre R$ 30 e R$ 32.
Fundada em 2012 pelos empreendedores Dylan Field e Evan Wallace, a Figma está sediada em São Francisco, com filiais na França, Alemanha, Japão, Cingapura e Reino Unido. Recentemente, a empresa divulgou que, no segundo trimestre, sua receita aumentou para entre R$ 1,2 bilhões e R$ 1,3 bilhões, em comparação com R$ 790 milhões no mesmo período do ano anterior, representando um crescimento de 40%.
Em termos de lucro, a Figma espera ter um resultado operacional que pode variar de uma perda de até R$ 2,6 milhões a um lucro de R$ 12,5 milhões. No ano anterior, a companhia teve um prejuízo significativo, devido a custos relacionados a compensações em ações, que somaram R$ 4,7 bilhões.
No trimestre de março, a receita já havia aumentado 46%, totalizando R$ 1,1 bilhão, e o lucro líquido triplicou para R$ 236 milhões.
Atualmente, Dylan Field é o maior investidor da Figma, possuindo 56,6 milhões de ações e controle sobre outras 26,7 milhões. O maior acionista institucional é a Index Ventures, com 65,9 milhões de ações, representando 17% do total antes do IPO. Outras grandes firmas de investimento, como Greylock, Kleiner Perkins e Sequoia Capital, também detêm participações significativas e planejam vender parte de suas ações durante a oferta pública.
A movimentação da Figma no mercado financeiro marca um novo capítulo para a empresa, que se destacou tanto no setor de tecnologia com seu software colaborativo de design, muito utilizado por profissionais criativos ao redor do mundo.