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Cidade brasileira fabrica 7 mil urnas por mês e gera empregos

Grão-Pará, uma cidade no Sul de Santa Catarina, é um exemplo interessante de como uma comunidade pode se destacar em setores inesperados. Com menos de 7 mil habitantes, esse município abriga quatro fábricas que produzem, juntas, cerca de 7 mil urnas funerárias por mês. Isso significa que aproximadamente 200 pessoas têm empregos diretos nessas empresas. Não é à toa que Grão-Pará já representa cerca de 40% da produção de caixões no estado.

As indústrias locais estão em atividade desde a década de 1990. Com o passar dos anos, elas expandiram suas operações e conquistaram clientes não só em Santa Catarina, mas também em outros estados da região Sul. O processo de produção das urnas é elaborado e envolve várias etapas, como marcenaria, corte e prensagem da madeira, além do acabamento com vernizes e acessórios.

Além das urnas, algumas dessas empresas também fabricam molduras e peças em madeira, usando a mesma estrutura de produção. Essa diversificação ajuda a atender uma demanda constante da região, garantindo que a produção seja estável.

Agricultura continua como base da economia

Apesar da força do setor funerário, a agricultura ainda é a principal atividade em Grão-Pará. O secretário de Desenvolvimento Econômico Sustentável, Arthur Alberton Kulkamp, ressalta que a agropecuária é a coluna vertebral da economia local. A região se destaca pela suinocultura e pelo cultivo de fumo, mas também há produção significativa de milho, feijão, frutas, leite e aves para abate, além das atividades de piscicultura e apicultura. Essa diversidade agrícola garante empregos no campo e enriquece a economia local.

Perfil do município

Com cerca de 6,5 mil habitantes espalhados por 338 quilômetros quadrados, Grão-Pará combina uma vasta área agrícola com a presença de pequenas indústrias. Especialistas em desenvolvimento regional afirmam que a localização geográfica e a disponibilidade de mão de obra são fatores que favorecem a permanência dessas indústrias, especialmente no setor madeireiro e funerário.

Setor madeireiro e outras indústrias

O setor madeireiro tem um papel crucial na economia de Grão-Pará. As serrarias locais não apenas fornecem madeira para urnas, mas também para a produção de molduras. Além disso, o município abriga indústrias de alumínio e de confecção têxtil, que enriquecem ainda mais a economia local. Segundo a administração municipal, a presença dessas indústrias ajuda a garantir empregos e a aumentar a arrecadação.

Emprego e capacitação

A produção mensal de 7 mil urnas exige uma mão de obra dedicada. Para isso, as empresas oferecem capacitação prática, especialmente em marcenaria e acabamento. Isso não só assegura a continuidade da produção, mas também mantém cerca de 200 pessoas empregadas diretamente nesse setor. A demanda regular de funerárias da região contribui para essa estabilidade no mercado de trabalho.

Importância regional

Dados da prefeitura de Grão-Pará mostram que o município é responsável por cerca de 40% da produção de caixões de Santa Catarina. Isso coloca a cidade como uma referência no setor funerário do estado, ao lado de outras localidades com forte tradição na indústria madeireira. Economistas apontam que a coexistência da agropecuária com a indústria é vital para a saúde econômica de Grão-Pará e de municípios pequenos em geral.

Economia diversificada

Grão-Pará é um exemplo de como é possível ter uma economia diversificada, unindo atividades agrícolas, o setor funerário e a indústria madeireira, além das confecções e da indústria de alumínio. Essa diversidade permite ao município depender menos de um único setor e diversificar suas fontes de renda. Enquanto a produção agrícola continua sendo a base, a indústria de urnas funerárias reforça a importância de Grão-Pará no cenário econômico do estado.

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