Casas modernas escolhem piso vinílico para elegância e conforto

O porcelanato sempre foi o queridinho dos projetos de interiores no Brasil. Durante muito tempo, esse tipo de revestimento se destacou como símbolo de elegância e durabilidade, fazendo sucesso em salas, cozinhas e varandas. No entanto, as casas modernas estão mudando essa história. Hoje, espaços mais aconchegantes e funcionais começam a priorizar alternativas, e o piso vinílico ganha cada vez mais destaque.
Essa mudança vai além da estética; é uma adaptação às necessidades práticas do dia a dia. O foco agora está no conforto e na eficiência. O piso vinílico, por exemplo, se destaca pelo isolamento térmico e acústico, pela facilidade de instalação e pela manutenção prática. Isso tudo faz dele um forte concorrente do porcelanato, especialmente em reformas e construções.
Por que o porcelanato começou a perder espaço nas casas modernas
Por vários anos, o porcelanato foi considerado o “padrão ouro” dos pisos. Sua resistência e baixa absorção de água o tornaram uma escolha popular, especialmente nas versões mais polidas e em grandes formatos. Além disso, ele trazia uma sensação de amplitude em espaços amplos.
Com a mudança no perfil das moradias, que se tornaram mais compactas, o brilho do porcelanato foi perdendo um pouco de seu charme. Ambientes integrados e mal ventilados fizeram com que pisos frios deixassem de ser atraentes. Embora o porcelanato tenha uma boa durabilidade, ele não oferece o conforto térmico e o isolamento acústico que muitas pessoas buscam, especialmente em apartamentos com vizinhança barulhenta.
Outro fator importante é o custo. Não é só o valor do metro quadrado que conta; a instalação envolve muitos detalhes que encarecem a obra, como a argamassa, o rejunte e a mão de obra especializada. Assim, arquitetos e proprietários reavaliam suas opções, especialmente em tempos de orçamento apertado.
Piso vinílico como contraponto funcional ao porcelanato
O piso vinílico se firmou como a opção ideal para muitos lares, especialmente em áreas como salas, quartos e escritórios. Ele é um material leve, modular e, em muitos casos, pode ser instalado sobre outros pisos já existentes, simplificando a obra.
Uma das principais vantagens do vinílico é o conforto diário. Ele é mais quente ao toque, absorve bem os impactos e oferece uma caminhada mais agradável, o que é excelente para crianças e animais de estimação. Isso se alinha com a tendência atual de usar o design como ferramenta de bem-estar, e não apenas como estética.
Na hora da instalação, o vinílico pode ser colado ou clicado, gerando menos entulho e sujeira. E como não precisa de rejunte, ele elimina um dos principais problemas de manutenção do porcelanato, que é o escurecimento e as trincas ao longo do tempo.
Revestimento cerâmico ainda é relevante, mas não é mais hegemônico
Embora o piso vinílico esteja em alta, o revestimento cerâmico não deixou de ser importante. Locais como banheiros e cozinhas, onde há um alto nível de umidade ou sujeira, ainda precisam da resistência do porcelanato.
A diferença agora é mais sobre estratégia. O porcelanato pode ser utilizado em áreas que realmente exigem suas qualidades, enquanto o vinílico ganha espaço em locais onde as pessoas passam mais tempo, como salas e quartos. Essa nova abordagem no design dos interiores permite uma melhor segmentação dos ambientes, focando em suas funções e não apenas na estética.
Comparação técnica entre porcelanato e piso vinílico
Quando falamos de desempenho, a comparação entre porcelanato e piso vinílico fica interessante. O porcelanato geralmente tem um custo entre R$ 150 e R$ 300 por metro quadrado, enquanto o vinílico varia de R$ 80 a R$ 180, com instalação mais simples e menos material.
Em termos de conforto, o vinílico leva vantagem ao oferecer um melhor isolamento acústico e térmico, criando um ambiente mais agradável e silencioso. Por outro lado, o porcelanato se destaca em áreas com umidade e sujeira alta, já que aguenta melhor o impacto e a temperatura.
A durabilidade de ambos também é um aspecto a considerar. O vinílico pode durar até 20 anos, se instalado corretamente e mantido, enquanto o porcelanato pode ter uma vida útil ainda maior, mas exige uma preparação de base mais rigorosa.
Design de interiores: estética e percepção de valor
A mudança no uso dos materiais não é apenas técnica, mas também estética. O design contemporâneo está se afastando do brilho intenso do porcelanato e buscando acabamentos que transmitam aconchego. O piso vinílico, com texturas que imitam madeira e pedra, traz uma sensação mais natural e contínua.
Muitas pessoas já não associam mais sofisticação a pisos frios e gelados. Hoje, o conceito de elegância passou a incluir conforto e sensibilidade tátil, o que favorece o uso de materiais como o vinílico.
Profissionais de arquitetura estão agora combinando diferentes materiais para criar um fluxo harmonioso entre os ambientes. É possível ver o porcelanato na cozinha e na varanda, enquanto o vinílico pode estar presente na sala e nos quartos, resultando em uma narrativa visual coerente.
Sustentabilidade e saúde em ambientes internos
Outra dimensão importante é a sustentabilidade. A produção de porcelanato geralmente requer queima em altas temperaturas, o que exige alta quantidade de energia. Já o piso vinílico tem avançado com linhas que utilizam PVC reciclado e métodos de produção mais sustentáveis.
Além disso, há certificações para o piso vinílico que garantem baixa emissão de compostos orgânicos voláteis, tornando-o seguro para espaços internos, especialmente para famílias com crianças e idosos. Materiais que oferecem tratamento antialérgico e antibacteriano também refletem as novas demandas por ambientes mais saudáveis.
O lugar do porcelanato na nova lógica das casas modernas
Hoje, o porcelanato já não é uma escolha automática nas casas brasileiras. O crescimento do piso vinílico e a utilização mais sábia de revestimentos cerâmicos reconfiguram o panorama dos acabamentos internos.
Os projetos modernos buscam integrar esses materiais de forma que cada ambiente receba o melhor piso para sua função, ao invés de seguir uma tradição única. Essa flexibilidade permite criar espaços mais acolhedores e funcionais, alinhados às necessidades contemporâneas.



