Carro: comprar à vista, financiar ou consórcio? O que escolher?

Na hora de comprar um carro novo, muitos brasileiros se deparam com uma escolha difícil: pagar à vista, financiar ou optar por um consórcio. Cada uma dessas alternativas tem suas vantagens e custos, que podem impactar bastante o bolso ao longo do tempo.
Para ajudar você a entender qual opção pode ser mais econômica, fizemos uma simulação usando um carro de R$ 80 mil, com uma entrada de 30% ou R$ 24 mil. O restante seria parcelado em 60 vezes, o que equivale a cinco anos.
No caso do financiamento, as parcelas mensais ficariam em R$ 1.551,25. Ao final do contrato, isso resultaria em um total de R$ 93.075, sem contar a entrada. Isso significa que, no fim das contas, o comprador teria desembolsado cerca de R$ 37 mil a mais do que o preço original do carro. Mesmo que você possa levar o veículo para casa imediatamente, o financiamento se mostra a opção mais cara a longo prazo.
É bom lembrar que o financiamento envolve a cobrança de juros compostos, o que faz a dívida crescer mais rapidamente com o tempo.
Consórcio: mais barato, mas exige paciência
Vamos falar agora sobre o consórcio. A simulação mostrou que as parcelas mensais ficariam em R$ 1.136,87. Ao longo de 60 meses, o total pago seria de R$ 68.212,20 — quase R$ 25 mil a menos do que no financiamento. A questão é que o consórcio não entrega o carro na hora. O comprador precisa esperar ser contemplado em um sorteio ou oferecer um lance alto para conseguir o carro mais rápido.
A taxa média anual que usamos na simulação foi de 3,5%, além do IPCA, que é o índice oficial da inflação. Embora não tenha juros propriamente ditos, os custos de administração e a correção monetária podem influenciar o valor final.
Se você tem o dinheiro disponível, comprar à vista ainda é a opção mais econômica. Por exemplo, um Renault Kwid custa cerca de R$ 80 mil e, pagando à vista, você não teria que se preocupar com taxas ou juros. Além disso, quem paga à vista geralmente consegue negociar melhor e até pode conseguir alguns descontos.
No final das contas, se a prioridade é economizar, considerar o consórcio pode ser uma boa ideia. Mas se quiser o carro imediatamente, já sabe que o financiamento pode sair bem mais caro.