Bunker na Nova Zelândia: refúgio de bilionários em colapso global

Em um mundo cheio de crises e incertezas, a Nova Zelândia se destaca como o destino mais seguro para aqueles que buscam proteção total. Isolada geograficamente, com uma política estável e um baixo risco de conflitos, ela se tornou um verdadeiro refúgio para os mais ricos. E, escondidas no subsolo desse paraíso, estão as construções mais impressionantes de um novo conceito de segurança: os bunkers de luxo da empresa americana Rising S Company.
Entre 2016 e 2024, muitos bilionários e milionários, principalmente da Europa e dos Estados Unidos, encomendam essas estruturas subterrâneas na Nova Zelândia. O preço varia bastante, de US$ 2,5 milhões a US$ 10 milhões, e as unidades oferecem até 300 m² de espaço, com acabamentos que mais parecem de hotéis cinco estrelas.
Esses luxuosos abrigos são fabricados pela Rising S Company, que fica no Texas e é conhecida por construir abrigos de alta performance. Cada bunker é transportado por navio até a Nova Zelândia e instalado em áreas rurais, ficando até quatro metros abaixo da superfície.
O Bunker Aristocrat
O modelo mais procurado, chamado “Aristocrat”, é equipado com sofisticadas portas de aço, sistemas de filtragem de ar de padrão militar e energia solar. Os amantes do silêncio vão adorar o isolamento acústico total.
Por dentro, a experiência é de um resort futurista, com suítes amplas, cozinha, academia, home theater, ar-condicionado e até uma biblioteca. Alguns clientes ainda optam por incluir jardins hidropônicos e piscinas cobertas, o que permite viver autossuficientemente por até cinco anos, sem precisar sair do lugar.
Por que a Nova Zelândia?
Dentre as razões pelas quais a Nova Zelândia se tornou o “porto seguro da elite global”, estão seu isolamento e baixa criminalidade. O país está a mais de 2.000 km da Austrália e tem uma estabilidade política invejável.
Com vastas áreas rurais e pouca população, fica mais fácil instalar bunkers de grande porte. Durante a pandemia, a demanda por propriedades no interior da Nova Zelândia cresceu mais de 250%. Executivos do Vale do Silício, como Peter Thiel, investiram milhões para criar refúgios autossustentáveis ali.
Para os especialistas, a combinação de distância, estabilidade e natureza abundante faz do país o destino ideal para quem busca uma nova forma de viver. As leis sobre aquisição de terras ainda são mais flexíveis para estrangeiros ricos.
Tecnologia e segurança
Os bunkers da Rising S Company são verdadeiras obras de engenharia, projetados para resistir a explosões nucleares de até 20 megatons, além de ataques químicos e biológicos. A energia é gerada por paineis solares e geradores a diesel, rendendo um sistema de alimentação robusto.
Cada unidade possui tanques de água com capacidade para 75 mil litros e ainda conta com estufas para cultivo de alimentos. Assim, é possível manter entre 10 a 20 pessoas vivendo em isolamento total por até cinco anos — algo inédito na engenharia civil.
Um mercado em ascensão
O mercado de bunkers de luxo está em franca expansão, com movimentações que ultrapassam US$ 2 bilhões por ano. A Nova Zelândia se tornou o centro dessa tendência, especialmente após crises recentes que reforçaram o receio de instabilidades globais.
Gary Lynch, CEO da Rising S Company, comenta que eles oferecem não só segurança física, mas também tranquilidade psicológica. Para muitos clientes, não se trata de apenas sobreviver, mas de viver bem, mesmo nas piores circunstâncias.
O auge do luxo e sobrevivência
Hoje, a Nova Zelândia é sinônimo de segurança e beleza natural, e os bunkers da Rising S Company representam a interseção perfeita entre tecnologia militar e conforto residencial. Projetados sob medida para cada cliente, as unidades são únicas e personalizadas — algumas incluem até bibliotecas subterrâneas e capelas privadas.
Com mais de 300 m² de área habitável e sistemas autônomos de suporte, esses bunkers se consolidam como verdadeiros símbolos do que é viver confortavelmente, mesmo em tempos de crise.



