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Anna Wintour se despede da direção da Vogue americana após 40 anos

Anna Wintour, a icônica editora da Vogue americana, está se aposentando do cargo que ocupou por quase 40 anos. Com 75 anos, Wintour fez o anúncio durante uma reunião com sua equipe na manhã de quinta-feira. Ela ingressou na revista em 1988 e, desde então, tornou-se uma figura central no mundo da moda.

Apesar de deixar a direção da Vogue, Anna continuará sua trajetória na Condé Nast, a editora responsável pela revista. Ela assumirá o cargo de diretora editorial global da Vogue, além de se tornar diretora de conteúdo da empresa, supervisionando importantes publicações, como Vanity Fair, GQ e Architectural Digest.

Durante sua extensa carreira, Wintour transformou a Vogue em uma verdadeira referência mundial de moda. Ela foi reconhecida por sua capacidade de definir e, em alguns casos, derrubar tendências e designers. Sua abordagem inovadora incluiu a escolha de capas que apresentavam rostos novos e, muitas vezes, controversos, expandindo os horizontes da moda tradicional.

A primeira edição da Vogue sob a sua direção, que foi publicada em novembro de 1988, marcou um ponto de virada. Nela, a modelo israelense Michaela Bercu apareceu vestindo uma calça jeans, algo inédito na história da revista. Essa capa deu início a uma nova era de fotos mais descontraídas, onde as modelos começaram a ser retratadas em ambientes ao ar livre, rompendo com a rigidez do estúdio.

Wintour também quebrou barreiras em 1992, quando apresentou um homem na capa da revista pela primeira vez. O ator Richard Gere foi fotografado ao lado de Cindy Crawford, sua esposa na época, desafiando as normas de gênero na moda.

A influência de Anna Wintour transcende o mundo da moda. Sua imagem tornou-se tão icônica que inspirou a criação da personagem Miranda Priestly no livro “O Diabo Veste Prada”, escrito por sua ex-assistente Lauren Weisberger, lançado em 2003. O sucesso do romance foi seguido por uma adaptação para o cinema, em que Meryl Streep interpretou o papel que se tornou emblemático.

Com a saída de Wintour da liderança da Vogue, o setor da moda marca o fim de uma era, mas sua nova função na Condé Nast promete manter sua presença significativa na indústria.

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