A descoberta e suas implicações para o futuro

Arqueólogos na China acabam de fazer uma descoberta emocionante: mais de 100 soldados de terracota foram encontrados em uma escavação perto de Xi’an. Essa nova adição enriquece a história já fascinante desses feitos arqueológicos, que são alguns dos mais impressionantes do mundo.
As escavações estão acontecendo no famoso Mausoléu de Qin Shi Huang, o primeiro imperador da China, desde 2024. O local, que já é um ponto turístico conhecido, fica na província de Shaanxi e já havia revelado muitos tesouros no passado.
A equipe de especialistas utilizou tecnologias avançadas, como radar de penetração no solo, para identificar esses novos achados em áreas que ainda estão em investigação. Cada figura descoberta traz informações valiosas sobre a organização militar e as crenças da dinastia Qin, oferecendo um vislumbre único de uma das fases mais intrigantes da história chinesa.
Os novos achados e a identidade do exército subterrâneo
Entre os novos achados estão mais de 100 figuras de guerreiros e cavalos feitos de terracota. Também foram encontrados objetos de jade, que adicionam uma nova dimensão ao entendimento da sofisticação da China antiga. Um dos destaques foi a descoberta de um general de argila no Poço 2, marcando a primeira vez que um líder de alta patente é encontrado nesse local em mais de 30 anos.
A história por trás dos Soldados de Terracota
O Exército de Terracota é uma das maravilhas arqueológicas mais conhecidas. Sua história começou em 1974, quando agricultores da região, ao cavar um poço, se depararam com fragmentos cerâmicos. Essa descoberta inesperada revelou um imenso mausoléu, construído para o imperador Qin Shi Huang, que unificou a China em 221 a.C.
Acredita-se que o imperador mandou criar esses guerreiros de argila para protegê-lo na vida após a morte. O complexo funerário é impressionante, contendo até 8 mil figuras de guerrilheiros, além de carruagens, cavalos e armamentos. O trabalho foi monumental, durando cerca de 40 anos e envolvendo cerca de 700 mil trabalhadores. Cada figura possui características únicas, com traços distintos, além de penteados e vestimentas minuciosamente trabalhadas.
Tecnologia na escavação e o desafio da preservação
Os arqueólogos usam tecnologia avançada para escavar e preservar esses achados. Com instrumentos como radares de penetração no solo, conseguem identificar novos túmulos e artefatos sem a necessidade de escavações que podem danificá-los. Isso é fundamental, pois os cuidados na escavação ajudam a evitar a degradação de peças que têm milhares de anos.
Um dos principais desafios é manter as cores originais dos guerreiros. Eles foram pintados com pigmentos vibrantes, mas a maioria desses detalhes se perdeu ao longo do tempo devido à exposição ao ar. Pesquisadores estão testando novas tecnologias na esperança de restaurar essa policromia, para que as futuras gerações possam admirar os soldados de terracota em toda sua glória.
O que ainda resta ser descoberto?
As escavações no Mausoléu de Qin Shi Huang ainda estão longe de acabar. O complexo ocupa uma área vastíssima de 56 quilômetros quadrados, e a maior parte ainda está por explorar. No Poço 1, onde já foram encontradas cerca de 6 mil figuras, há potencial para revelar ainda mais guerreiros e segredos.
Outro mistério persiste: o mausoléu do próprio imperador ainda não foi aberto. Corre a lenda de que ele elaborou um universo subterrâneo, com rios de mercúrio e armadilhas para proteger seu descanso eterno. Por respeito e cautela, as autoridades chinesas ainda não liberaram a abertura dessa tumba.
Esses novos soldados de terracota são apenas mais um lembrete de que a história da China ainda guarda muitos segredos esperando para ser desvendados.