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Mais de 300 mil passageiros afetados e $6 bilhões em perdas pela greve arrocera

A mobilidade nos estados de Tolima, Huila, Meta, Casanare e Córdoba enfrenta uma situação crítica devido a um protesto de produtores de arroz. O chamado “paro arrocero” tem causado o cancelamento de diversas rotas de transporte intermunicipal, afetando mais de 300 mil passageiros e gerando perdas estimadas em mais de 6 bilhões de pesos.

A Associação para o Desenvolvimento Integral do Transporte Terrestre Intermunicipal (Aditt) expressou preocupação, destacando que a queda na operação de transporte não apenas compromete o serviço, mas também coloca em risco a segurança de motoristas e passageiros em várias regiões.

José Yesid Rodríguez, presidente da Aditt, afirmou que as empresas de transporte estão enfrentando dificuldades crescentes com os bloqueios. As principais estradas afetadas incluem as rotas de Saldaña, Neiva e Cordoba, onde a falta de alternativas viárias agrava ainda mais a situação.

O setor de transporte reconhece o direito à manifestação, mas enfatiza que as ações não devem comprometer os direitos de outras pessoas. Camilo García, vice-presidente da Aditt, pediu que as manifestações sejam realizadas de maneira a não prejudicar a mobilidade dos cidadãos.

Os atrasos em algumas rotas chegam a atingir dez horas, com algumas empresas até suspendendo indefinidamente seus serviços. Para tentar resolver o problema, a Aditt solicitou ao Ministério de Transporte a autorização para implementar rotas alternativas e corredores humanitários, visando garantir um trânsito mais seguro, especialmente em áreas rurais de difícil acesso.

A última tentativa de diálogo entre o governo e os líderes do movimento de protesto não obteve sucesso. Em uma reunião que durou apenas cinco minutos, a falta das ministras da Agricultura e do Comércio levou os representantes do setor a deixarem a mesa de negociações, alegando descontentamento com a ausência do governo.

Os bloqueios continuam ativos em mais de dez vias importantes, e o protesto já se estende por cinco dias, acumulando perdas superiores a 297 bilhões de pesos. Embora o governo tenha proposto medidas como controle de preços e estratégias contra o contrabando, muitos produtores permanecem céticos em relação à eficácia dessas soluções, apontando a necessidade de um compromisso político real com suas demandas.

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