Substituto do cimento reduz custo da construção em até 30%

A busca por maneiras de economizar na construção civil trouxe uma novidade interessante: a argamassa polimérica. Ela é usada para assentar blocos e tijolos em alvenaria de vedação, e a grande sacada é que já vem pronta para uso. Essa argamassa substitui o cimento nos cordões de assentamento, eliminando a necessidade de misturá-lo, o que significa menos desperdício e um processo mais ágil.
Porém, é bom frisar que essa argamassa não substitui o cimento em estruturas como vigas, pilares ou lajes. A norma da ABNT já normatiza o seu uso desde 2017, especificamente na NBR 16590 (partes 1 e 2), que trata das práticas em vedação.
Estudos mostram que, ao utilizar a argamassa polimérica, é possível aumentar a produtividade e reduzir os custos por metro quadrado. Essa redução pode chegar até 30% nos custos diretos da alvenaria. Isso acontece porque essa argamassa permite o uso de “junta fina”, cortando etapas na obra.
Para aplicar a argamassa de forma eficiente, é necessário um bom planejamento. O projeto deve incluir o tipo de bloco certo e um nivelamento inicial com argamassa convencional. Somente então a equipe pode assentar os blocos com a argamassa polimérica. A norma estabelece critérios para garantir o desempenho e a validade técnica do método.
O que é a Argamassa Polimérica?
A argamassa polimérica é um composto não cimentício vendido em bisnagas de 3 kg ou baldes. Sua aplicação acontece em dois cordões horizontais, sem que seja necessário adicionar água. O objetivo é facilitar o assentamento de blocos de vedação, mantendo a limpeza e a regularidade das juntas.
A ABNT NBR 16590 define as especificações do produto, métodos de teste e boas práticas de aplicação. Desde a sua publicação, o uso desse material em sistemas de vedação vertical se consolidou. É importante lembrar que a argamassa polimérica não deve ser utilizada em fundações ou elementos estruturais. Para a primeira fiada, a argamassa convencional deve ser usada para garantir a estabilidade.
Por que Reduzir o Custo em Até 30%?
A economia trazida pela argamassa polimérica se deve a três fatores principais: rendimento, desperdício quase zero e produtividade. Como esses materiais chegam prontos para uso, não há necessidade de armazenar areia e cimento, gerando menos sobras e também menos tempo para misturas.
Relatórios de mercado indicam que a migração do método tradicional para a argamassa polimérica pode resultar em uma redução significativa nos custos por metro quadrado. Comparações em estudos mostraram uma diminuição de até 36%. Isso varia dependendo do tipo de bloco e do treinamento que a equipe recebe, mas é uma mudança promissora.
Aumentando a Produtividade nas Obras
Uma das grandes vantagens da argamassa polimérica é a velocidade no assentamento dos blocos. Como não é necessária a mistura, o tempo de cura e os deslocamentos para betoneira são eliminados. Profissionais da área relatam que, com a junta fina, conseguem assentar mais metros quadrados por dia.
Aumento de produtividade pode chegar até três vezes se comparado ao sistema convencional, mas isso depende da qualidade do material e da logística do canteiro. Esse aumento na eficiência resulta em menos horas de mão de obra, o que se traduz em uma economia significativa no custo total da obra.
Impacto no Orçamento de uma Casa de 100 m²
Em média, uma casa de 100 m² requer cerca de 200 m² de paredes de vedação. Estudos mostram que, ao usar a argamassa polimérica, é possível reduzir os custos por metro quadrado entre 30% a 36%. Se levarmos em conta um orçamento que custaria aproximadamente R$ 9 mil com argamassa tradicional, esse valor pode cair para cerca de R$ 6 mil com a argamassa polimérica. Essa estimativa pode variar de acordo com a região e as condições da obra.
E, quanto maior for a metragem, maior a economia, pois a combinação de menos horas de trabalho, menos desperdícios e um canteiro mais organizado traz benefícios financeiros mais evidentes.
Custos Indiretos e Logística
A argamassa polimérica torna o canteiro de obras mais limpo e organizado. Como é dispensável o preparo, muitos itens como betoneiras e áreas de estoque de areia ou cimento deixam de ser necessários. Isso reduz também o retrabalho na limpeza, afinal, uma aplicação direta elimina etapas de mistura e pré-preparo.
A embalagem compacta e a maior durabilidade facilitam o controle de estoque, tornando tudo mais rastreável. E com a redução da manipulação de materiais, a poeira e as perdas ficam menores, resultando em um ambiente de trabalho mais seguro e eficiente.