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Startup brasileira desenvolve cadeira de rodas mecânica inovadora

O acesso a tecnologias que ajudam na mobilidade ainda é um desafio para muitas pessoas com deficiência, principalmente em países em desenvolvimento. A boa notícia é que a startup J58, cofundada pelo brasileiro Gabriel, trouxe uma inovação que pode mudar esse cenário. Eles lançaram a cadeira de rodas mecânica chamada Ezer, que permite ao usuário ficar de pé e se mover sem depender de baterias ou eletricidade.

A ideia por trás dessa cadeira é bem simples, mas ao mesmo tempo revolucionária: usar a mecânica pura para devolver a independência e a dignidade para quem usa. O sistema conta com molas a gás que se ajustam ao peso de cada pessoa, permitindo transições suaves entre os modos sentado e em pé. Isso tudo sem precisar de eletricidade, o que facilita o acesso e reduz os custos.

Engenharia mecânica aplicada à inclusão

Como a Ezer funciona? Basicamente, o design é baseado em princípios de equilíbrio e alavanca, garantindo conforto e estabilidade a cada movimento. O mais interessante é que, por não incluir baterias ou componentes eletrônicos, a cadeira se torna mais leve, menos propensa a falhas e mais acessível em diversos ambientes, desde escritórios até locais ao ar livre.

Outro destaque é o sistema de segurança patenteado, que amplia a base da cadeira quando o usuário se levanta. Isso ajuda a evitar quedas e a manter o centro de gravidade estável, permitindo que a pessoa participe de atividades em pé, como reuniões e eventos sociais, de forma natural e segura.

Benefícios físicos e sociais além da mobilidade

Os benefícios da cadeira vão além do movimento. Ficar em pé regularmente melhora a circulação sanguínea, reduz o risco de úlceras de pressão, ajuda a fortalecer os músculos e favorece uma postura melhor. Socialmente, a Ezer quebra a barreira da imobilidade e da dependência, permitindo que pessoas com deficiência tenham uma participação mais ativa em várias atividades, igualando-se a quem não possui restrições.

A startup acredita que essa capacidade de alternar entre as posições sentado e em pé reforça a autonomia e a autoestima dos usuários, criando um senso de pertencimento e presença em diferentes contextos.

Expansão e adaptação tecnológica

A J58 tem planos para aumentar a produção da Ezer mundialmente e já busca parcerias com universidades e centros de reabilitação. O design modular da cadeira possibilita a inclusão de componentes motorizados para deslocamentos mais longos, além de acessórios adaptáveis para diferentes biotipos e idades.

Com o objetivo de facilitar o acesso a essa tecnologia, a empresa está desenvolvendo um modelo de fabricação escalonada e buscando apoio de iniciativas governamentais e privadas. A ideia é tornar essa cadeira disponível em países onde o poder aquisitivo é menor, democratizando o acesso a tecnologias assistivas.

Um símbolo de autonomia e inovação humana

Mais do que um simples meio de locomoção, a cadeira da J58 sinaliza uma nova atitude em relação à tecnologia e inclusão. Esse projeto reafirma que é possível unir engenharia e empatia para resolver antigos problemas de acessibilidade. A criação da Ezer já está atraindo atenção em feiras de inovação pelo mundo, destacando o Brasil como protagonista na busca por soluções de impacto social.

Essa cadeira que permite ficar de pé e se mover redefine conceitos de mobilidade e independência.

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