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Recompensa por Maduro atinge R$ 272 milhões, supera Bin Laden

Os EUA estão intensificando a pressão sobre o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ao aumentar a recompensa por sua captura para impressionantes R$ 272 milhões. Essa quantia é maior do que a oferecida pela captura de Osama Bin Laden após os atentados de 11 de setembro. O anúncio ocorreu na última quinta-feira (7), pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, que acusa Maduro de liderar um esquema internacional de narcotráfico e colaborar com organizações consideradas terroristas.

Os dados são alarmantes. De acordo com informações divulgadas, os EUA já confiscaram 30 toneladas de cocaína ligadas ao governo chavista, sendo quase sete toneladas diretamente associadas a Maduro. A procuradora-geral dos EUA, Pam Bondi, revelou que o presidente venezuelano estaria utilizando gangues como o Tren de Aragua e cartéis conhecidos para enviar drogas letais aos Estados Unidos. Parte dessa cocaína poderia estar misturada com fentanil, um opioide sintético que tem causado uma verdadeira crise de saúde no país.

Além da recompensa astronômica, o governo americano já apreendeu mais de US$ 700 milhões em ativos associados a Maduro, incluindo jatos privados, veículos e outros bens valiosos. Bondi garantiu que, sob a administração do ex-presidente Trump, a justiça alcançará Maduro e ele pagará por seus crimes.

Resposta de Caracas

A reação da Venezuela não tardou. O chanceler Yván Gil classificou a recompensa como uma "cortina de fumaça ridícula", alegando que isso seria um desvio da política dos EUA. Segundo ele, "a dignidade de nossa pátria não está à venda", uma mensagem clara em suas redes sociais. Enquanto isso, os EUA continuam a não reconhecer o governo de Maduro, considerando legítimo o opositor Edmundo González Urrutia, que alega ter vencido as eleições de 2024—uma vitória que o chavismo não reconhece.

Histórico de perseguição internacional

Essa não é a primeira vez que Estados Unidos oferecem recompensas por Maduro. Em 2020, durante o governo Trump, a quantia era de US$ 15 milhões, que subiu para US$ 25 milhões na gestão de Joe Biden. Agora, atingimos um novo recorde de US$ 50 milhões. Vale lembrar que a última vez que um chefe de Estado foi formalmente acusado de crimes dessa gravidade foi em 1988, com o presidente do Panamá, Manuel Noriega, que resultou na invasão americana do país.

A situação continua a ser tensa entre os EUA e a Venezuela, refletindo um cenário complexo e carregado de disputas políticas e sociais.

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