Quem criou o sistema do pix que resiste a qualquer crise

Em meio a todo um alvoroço político, a recente resposta do presidente Lula a Donald Trump foi clara: “O Pix é nosso, my friend.” Essa declaração destaca a batalha pela paternidade do sistema de pagamentos que vem gerando discussões calorosas. Afinal, Jair Bolsonaro também já fez sua reivindicação. No entanto, é bom lembrar que o Pix não pertence a nenhum governo em particular. Na verdade, é uma iniciativa de Estado, criada pelo corpo técnico do Banco Central, para beneficiar milhões de brasileiros.
A verdadeira origem do Pix: um projeto técnico do Banco Central
O Pix surgiu como um projeto técnico que começou a ser desenvolvido em 2018, ainda durante a gestão de Michel Temer. Todo o trabalho foi coordenado por servidores de carreira do Banco Central.
Embora o lançamento oficial tenha acontecido em novembro de 2020, na administração de Bolsonaro, a estrutura do sistema já estava sendo construída há tempos. A ideia por trás do Pix era bastante clara: aumentar a inclusão financeira, reduzir os custos bancários e fomentar a competição no sistema financeiro do Brasil.
Quem é o ‘pai do Pix’? Conheça o idealizador do sistema
Por trás desse avanço está o economista Carlos Eduardo Brandt, que se tornou conhecido como o “pai do Pix”. Ele liderou a equipe desde o início, com a tarefa de criar uma ferramenta que fosse rápida, segura, barata e acessível a todos.
Carlos desempenhou um papel essencial na coordenação das etapas do projeto, negociando com bancos e fintechs, além de comunicar os benefícios que o sistema traria para o povo.
A continuidade do projeto: uma ferramenta que transcende governos
O grande destaque do Pix é ser uma política de Estado, e não de um governo específico. Isso fica claro quando olhamos para sua trajetória: a idealização começou com o governo Temer, o lançamento foi sob Bolsonaro, e a melhoria continua no governo de Lula.
Carlos Eduardo Brandt continua na liderança do Banco Central, conduzindo novos projetos estratégicos, como o Pix Automático, que vai facilitar pagamentos recorrentes, e o esperado Pix Internacional.
Ataques de Trump e a defesa da soberania brasileira sobre o Pix
Recentemente, Trump lançou um olhar crítico sobre o sistema brasileiro, dizendo que o país pratica "ações desleais". Ele alega que o Pix afetou empresas dos Estados Unidos, como Visa e Mastercard.
Lula foi rápido em fazer sua defesa, amparado por uma onda de apoio popular nas redes sociais, com hashtags como #DefendaOPix e #BrasilSoberano. O governo optou por manter-se firme, reafirmando a soberania nacional sobre o sistema.
Reconhecimento internacional e o sucesso inquestionável do Pix
O impacto do Pix já recebe aplausos mundiais. O Fundo Monetário Internacional (FMI) chegou a destacar que é “a política de inclusão financeira mais bem-sucedida da América Latina”.
Os números não mentem: ele já representa quase a metade de todas as transações eletrônicas no Brasil. E a essência do Pix, como seus criadores reforçam, é continuar sendo uma ferramenta universal, barata e segura, voltada para o benefício do país como uma política de Estado.