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Menina de 12 anos conclui faculdade durante a pandemia

A história de Sawsan Ahmed é uma inspiração e, de certa forma, um novo olhar sobre a educação. No auge da pandemia, quando a maioria das aulas foi para o ambiente online, ela aproveitou o tempo livre para estudar de forma intensa. E não foi só isso: a menina superdotada conseguiu concluir um associate degree em Ciências Biológicas aos 12 anos, quebrando recordes na sua região. Agora, ela está na Universidade da Flórida e já planeja avançar em sua formação com um MD/Ph.D.

Sawsan nasceu em 2009, em Rhode Island, em uma família onde conversas complexas aconteciam regularmente. Com um pai médico e uma mãe doutora, não é surpresa que temas como ciência, humanidades e ética fossem parte do cotidiano. Desde muito nova, ela mostrava sinais de suas habilidades excepcionais: começou a falar em frases completas aos 15 meses e já era alfabetizada aos 2 anos. Essa formação levou a família a optar pelo homeschooling, um estilo de educação personalizado que permitiu que ela aprendesse no seu próprio ritmo.

Quem é a menina por trás do feito

A educação de Sawsan foi moldada pela flexibilidade. Com um currículo elaborado pela mãe, ela teve a liberdade de explorar tópicos que realmente a interessavam. Aos 9 anos, já havia passado no PERT, um exame que dá acesso a cursos universitários. E, sem se intimidar, ela também completou o ensino médio nessa mesma idade.

Como a pandemia virou acelerador acadêmico

Quando as aulas presenciais foram suspensas, muitos estudantes enfrentaram dificuldades. Mas Sawsan, já habituada ao ensino em casa, viu uma oportunidade. Ela aproveitou os cursos disponíveis online e conseguiu avançar em disciplinas universitárias. Enquanto muitos perderam o ritmo, ela ganhou espaço para crescer academicamente, focando na qualidade do aprendizado.

Do estranhamento à credibilidade no campus

Na Universidade, Sawsan enfrentou olhares curiosos e um certo estranhamento por parte de colegas mais velhos. Porém, com o tempo, a percepção mudou. A dedicação e o conhecimento que ela demonstrou rapidamente conquistaram a admiração dos outros alunos, que passaram a buscá-la para ajuda nas matérias. Sawsan sempre defendeu que a aceleração não tirou sua infância; ela se diverte com jogos, artes e até leva um ursinho de pelúcia para o campus.

A engenharia pedagógica que sustentou o salto

O lema da família sempre foi o aprendizado "liderado pela criança". Se o interesse da Sawsan era espaço, ela visitava o Kennedy Space Center. Se era sobre insetos, a família ia a museus de ciências. Esse aprendizado prático se mostrou eficaz, permitindo uma melhor retenção do conhecimento. Além disso, a pressão era mínima. Seus pais afirmam que a motivação dela veio de dentro, sem imposições.

Conclusão no college aos 12 e próximo passo na UF

No final de 2021, Sawsan se formou no Broward College e, em janeiro de 2022, começou sua jornada na Universidade da Flórida. Lá, ela está focada em microbiologia, ciência celular, programação e química. A escolha da UF foi estratégica, pois os cursos se alinham com seus objetivos futuros em medicina e Inteligência Artificial.

O que este caso ensina sobre educação de altas habilidades

A trajetória de Sawsan destaca a importância da flexibilidade curricular e da mediação qualificada para liberar potenciais extraordinários. Também nos faz refletir sobre a desigualdade na educação: nem todas as crianças têm acesso ao mesmo tipo de suporte. E isso levanta a necessidade de políticas públicas que possam criar trilhas de aprendizado mais acessíveis.

A experiência dela mostra que, para que o talento brilhe, é preciso um método eficaz e um ambiente que favoreça a autonomia e o apoio emocional. A história de Sawsan é um belo exemplo do que pode ser alcançado quando se une paixão, dedicação e a estrutura educacional certa.

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