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Megacarreta de 123 m percorre Brasil com 636 toneladas

A passagem de uma imensa megacarreta tem atraído a atenção e causado alterações no trânsito da Rodovia Fernão Dias (BR-381) há quase três semanas. Essa gigante, com um carregamento especial, partiu do Porto de Santos (SP) com destino a Edealina (GO), mas precisou fazer uma parada na noite de quarta-feira (29) no pátio da Polícia Rodoviária Federal em Perdões (MG). Essa pausa foi necessária para transferir a carga para um transporte menor, antes de seguir pela BR-354.

A megacarreta impressiona pelo tamanho: são 123 metros de comprimento, que dá para se ter ideia, é como um prédio de 30 andares deitado. A largura é de 7,3 metros e a altura chega a 5,7 metros, somando um peso bruto total de 636,5 toneladas. É uma verdadeira monstruosidade sobre rodas! Para dar conta dessa carga colossal, o comboio é formado por 44 eixos e 296 pneus. Transporte desse tipo envolve um planejamento meticuloso, pois cada metro percorrido necessita de cálculos cuidadosos, considerando pontes, curvas e as condições do solo.

Uma estrutura do tamanho de um prédio de 30 andares

Quando a gente fala em números, a gente vê como as medidas da megacarreta são impressionantes. O comprimento de 123 metros equivale a cerca de três ônibus, deitados um ao lado do outro. Com uma carga dessa, a logística não é simples. Cada detalhe é planejado para garantir que tudo corra bem durante o transporte.

Quatro caminhões para mover uma única peça

Para mover essa carga gigante, são quatro caminhões tracionando a carreta, cada um com seu próprio motorista. Essa configuração é necessária porque o peso total é muito elevado para que um único caminhão lhe dê conta. Os caminhões usados nesse transporte são incomuns no Brasil e possuem contrapesos específicos, que ajudam a equilibrar a carga, especialmente nas manobras.

Carga especial segue para fábrica de cimento

A carga em questão é um sistema de moagem destinado à Votorantim Cimentos, em Edealina. Com 19,5 metros de comprimento e pesando 210 toneladas, essa peça é essencial para a operação da planta industrial. Devido às suas dimensões, todo o processo de planejamento e definição de rotas começou no Porto de Santos, para garantir que tudo estivesse bem estruturado.

Desvio de 400 quilômetros

O trajeto inicial precisou ser alterado porque a altura da carga, que é de 5,7 metros, não permitiria a passagem sob alguns viadutos na Rodovia Anhanguera. Além disso, por ser tão larga (7,3 metros), não dava para circular por muitas rodovias menores. A empresa Cruz de Malta realizou um estudo para encontrar um novo percurso, que acabou adicionando cerca de 400 quilômetros à viagem.

Autorizações e custos adicionais

Para operar, foram necessárias diversas autorizações, envolvendo órgãos como a Autoridade Portuária do Porto de Santos e o DNIT. Apesar de ser uma carga especial, a megacarreta acaba pagando pedágios normais, que são calculados com base em seus 44 eixos. Porém, ela não utiliza as cabines comuns, usando vias laterais adaptadas para veículos grandes. Além dos pedágios habituais, há taxas extras, como a TAP (Tarifa Adicional de Pedágio) e a TUV (Tarifa de Utilização de Via).

Deslocamento lento e controlado

Em média, o comboio avança 30 quilômetros por dia, com velocidade máxima de 30 km/h. As paradas são programadas, e a situação pode acabar causando congestionamentos nas áreas por onde passa. Para garantir a segurança, a carreta só anda durante o dia e em condições climáticas favoráveis. A chuva, por exemplo, pode complicar o controle do veículo, aumentando os riscos de acidentes. Entre os dias 13 e 27 de outubro, o comboio teve que parar para reparos e, depois disso, enfrentou novas interrupções por conta do mau tempo.

Chegada prevista para janeiro

De acordo com a empresa responsável pela operação, a viagem começou em 9 de outubro e, se tudo correr bem, deve ser finalizada nos primeiros dias de janeiro. Contudo, esse prazo pode variar dependendo das condições encontradas durante a jornada.

Avanço da megacarreta: segurança reforçada em todos os trechos

A segurança é prioridade em uma operação desse porte. Além de atender às exigências legais, a transportadora incluiu um caminhão mecânico reserva e uma equipe técnica, pronta para intervir em caso de necessidade. Assim, o comboio, que parece um trem sobre rodas, vai avançando lentamente, unindo engenharia, logística e paciência em uma das maiores operações rodoviárias do Brasil.

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