Falar dormindo é normal? Entenda a explicação científica

O sonilóquio, que nada mais é do que falar enquanto dormimos, é uma curiosidade que afeta muitas pessoas ao longo da vida. Você sabia que esse fenômeno acontece involuntariamente? Enquanto dormimos, algumas pessoas soltam palavras ou frases sem nem perceber. É algo bem comum, especialmente entre as crianças, e muitos de nós já ouvimos relatos de alguém que dormiu conversando.
Estudos indicam que uma boa parte das crianças, principalmente as que estão entre 3 e 10 anos, já passaram por essa experiência. Embora os cientistas estejam sempre em busca de entender melhor o sonilóquio, ainda há muitos mistérios sobre suas causas.
O que é a parassonia?
O sonilóquio pode acontecer em qualquer fase do sono. Durante a fase REM, que é quando temos os sonhos mais intensos, nossos músculos ficam paralisados. Mas, com algumas pessoas, mesmo nessa condição, é possível ouvir uma conversa saindo da boca delas.
Pesquisas mostram que crianças são as que mais falam dormindo, especialmente durante o sono profundo. Alguns fatores, como o estresse, a falta de sono ou até um ambiente desfavorável, podem aumentar a chance de isso acontecer.
O que pode causar o sonilóquio?
Há uma série de fatores que podem levar ao sonilóquio. O estresse, o consumo excessivo de álcool e a privação de sono são alguns deles. Ademais, experiências traumáticas na vida de uma pessoa também podem contribuir para que esse comportamento surja.
Apesar de o sonilóquio não estar diretamente relacionado a problemas de saúde mental, ele pode ser um indicativo de que algo mais profundo está acontecendo. É sempre bom que familiares e amigos estejam atentos a essas manifestações.
Quando se preocupar com o sonilóquio?
Geralmente, o sonilóquio é algo inocente, mas se começar a aparecer com frequência ou juntamente a comportamentos estranhos, pode ser motivo para investigar melhor a situação. Se a pessoa começa a ter emoções intensas ou movimentos bruscos durante a fala, isso pode sinalizar a presença de outros distúrbios do sono. Nesses casos, uma consulta com um profissional de saúde é sempre recomendada para verificar se há algo mais que precise de atenção.
Pesquisas em andamento
Apesar das novas descobertas, a pesquisa sobre o sonilóquio ainda está em desenvolvimento. Cientistas continuam a estudar como traumas psicológicos e fatores do ambiente podem afetar esse tipo de distúrbio do sono.
Ainda que não há um consenso firme, a comunidade científica está empenhada em desvendar esses mistérios e entender melhor a fisiologia do sono. A relação entre o sonilóquio e outros distúrbios, como o sonambulismo ou o terror noturno, é um campo promissor. Manter um diário dos hábitos de sono e buscar orientação médica são passos importantes quando esse fenômeno começa a impactar o bem-estar geral.