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Engie reporta queda de 34% no lucro do 2º trimestre

A Engie Brasil Energia reportou um lucro líquido ajustado de R$ 564 milhões no segundo trimestre de 2025. Esse resultado representa uma queda de 34% em comparação com o mesmo período do ano passado, quando a empresa registrou R$ 855 milhões. Os dados foram divulgados pela companhia, que atua no setor de energia.

Durante o período de abril a junho, a Engie alcançou uma receita operacional líquida de R$ 3,1 bilhões. Esse valor mostra um crescimento de 10,1% em relação ao segundo trimestre de 2024. A empresa também teve um Ebitda ajustado de R$ 1,9 bilhão, que é uma medida de desempenho operacional, mas sofreu uma retração de 4,4%. Essa queda é explicada pela comparação com o segundo trimestre do ano passado, que incluiu uma indenização significativa de R$ 262 milhões relacionada a atrasos nas obras do Conjunto Eólico Santo Agostinho, localizado no Rio Grande do Norte.

Eduardo Sattamini, diretor-presidente da Engie, comentou que o aumento da receita reflete a estratégia da empresa de expandir seus ativos renováveis e de transmissão. Ele destacou que a entrada em operação do Conjunto Eólico Serra do Assuruá e a elevação nas vendas no mercado livre foram fatores importantes para este resultado positivo. Segundo ele, a queda no lucro líquido deve-se principalmente ao desempenho excepcional registrado no ano anterior, mas a empresa continua a focar no crescimento sustentável.

No entanto, a dívida líquida da empresa aumentou 24,3%, totalizando R$ 21,5 bilhões. Um dos destaques do semestre foi a emissão de R$ 2,2 bilhões em debêntures verdes, que são títulos de dívida especiais, a primeira emissão deste tipo pela Engie. Esses recursos serão destinados à modernização dos ativos e à ampliação da capacidade de geração de energia renovável.

Além disso, o conselho de administração da Engie aprovou a distribuição de R$ 719,2 milhões em dividendos intercalares, equivalente a R$ 0,8814 por ação, o que significa que os acionistas da empresa receberão essa quantia proporcionalmente às suas participações.

No segmento de transmissão, a Asa Branca Transmissora de Energia obteve licença prévia do Ibama e avançou nas obras civis e eletromecânicas. Também, a Graúna Transmissora de Energia iniciou, em julho, a operação de um trecho brownfield, recebendo parte da Receita Anual Permitida (RAP), correspondendo a 5% da receita total do projeto.

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