O caso da pequena Ester Izabelle, de apenas quatro anos, causou uma comoção enorme em São Lourenço da Mata, na Região Metropolitana do Recife. A menina desapareceu na segunda-feira, dia 20, enquanto brincava em um campo de futebol perto de casa.
No dia seguinte, o pior foi confirmado: o corpo dela foi encontrado dentro de uma cacimba, um poço com cerca de 3,7 metros de profundidade, no mesmo bairro onde morava. Essa descoberta aconteceu após uma busca intensa, envolvendo moradores, familiares e bombeiros. O tio de Ester foi quem encontrou o corpo, que estava de cabeça para baixo e apresentava sinais de espancamento. Dois homens que viviam na casa onde Ester foi encontrada foram levados para prestar depoimento.
Objetos ao lado do corpo levantam hipóteses de abuso
Perto do corpo da menina, os peritos descobriram um preservativo e uma embalagem de achocolatado. Segundo o delegado Sérgio Ricardo, esses itens podem ajudar a esclarecer o que aconteceu nas horas que antecederam a morte de Ester. Ele destacou que o achocolatado talvez tenha sido usado para ganhar a confiança dela ou acalmá-la. O corpo tinha lesões na cabeça e outros sinais de agressão, o que levanta suspeitas de violência sexual seguida de homicídio. A perícia do Instituto de Medicina Legal (IML) deve confirmar as causas da morte e se houve algum tipo de abuso.
Clamor por justiça e dor de uma comunidade inteira
A tragédia causou uma onda de revolta e tristeza em toda a região. Moradores do bairro Pixete saíram às ruas em protesto, pedindo justiça e respostas rápidas da polícia. A casa onde Ester foi encontrada estava alugada há cerca de seis meses por dois suspeitos, e o local foi isolado pela Polícia Militar para a coleta de provas.
O corpo da menina foi encaminhado para o IML no Recife, onde os exames podem ajudar a esclarecer as circunstâncias de sua morte. Enquanto isso, a família e a comunidade enfrentam um luto profundo, lidando com um medo palpável. O caso de Ester reacende um alerta sobre a vulnerabilidade das crianças em áreas periféricas e a necessidade de punições severas para crimes contra menores. Essa tragédia não pode ser esquecida — é um apelo por justiça, segurança e proteção à infância.
