Arroceros comentam sobre fim do paro e pendências com o governo

No dia 24 de julho de 2025, foi anunciado que os produtores de arroz da Colômbia chegaram a um acordo com o governo do presidente Gustavo Petro para encerrar um protesto que durou dez dias, iniciado em 14 de julho. Esse acordo, denominado “Pacto do Arroz”, tem como foco principal a fixação de um preço mínimo para o arroz paddy verde, que é o grão após a colheita. A expectativa é que a resolução com esse preço esteja disponível até a próxima quarta-feira, 30 de julho, ou quinta-feira, 31 de julho.
O pacto inclui sete pontos principais. Além da regulação do preço do arroz paddy verde, estão previstas medidas para proteger o setor comercial, a criação de uma comissão técnica para discutir questões do setor, e a regulamentação sobre o uso da água. O acordo também abrange a gestão previdenciária dos agricultores e ações para o controle de centros de acopio, que são locais onde os produtos são armazenados. Por fim, o pacto prevê o fim das mobilizações que bloqueavam as estradas do país, permitindo o restabelecimento da circulação.
A ministra de Agricultura, Martha Carvajalino, comentou que o acordo estabeleceu rotas de trabalho para solucionar a crise pontual no setor e também para desenvolver estratégias que garantam a sustentabilidade dos cultivos a longo prazo. Ela destacou o compromisso do governo em regular o preço do arroz, um ponto fundamental para os produtores.
Em suas declarações em um vídeo divulgado após a assinatura do pacto, Óscar Gutiérrez, diretor da organização Dignidade Agropecuária, agradeceu a todos os envolvidos no protesto e destacou a importância da mobilização para o resultado. Ele parabenizou os agricultores que enfrentaram dificuldades durante o período de paralisação.
Gutiérrez também mencionou que, embora não tenham conseguido tudo o que desejavam, o principal objetivo — garantir que os arroceros possam continuar cultivando e reduzir as perdas — foi alcançado, o que é motivo de celebração. Além disso, ele ressaltou a importância de ter uma mesa de diálogo para resolver questões relacionadas ao mercado de arroz e garantir apoio a todos os produtores.
Outro ponto importante abordado foi a denúncia do contrabando e os efeitos negativos das importações sobre o mercado local. Gutiérrez também afirmou que as lutas por um setor agrícola mais forte e sustentável continuarão, acreditando que a organização dos produtores durante o protesto é um sinal de que podem avançar em direção a melhores condições para a agricultura no país.
Com esse acordo, os agricultores estão otimistas e esperam que as análises e revisões do pacto possam levar a soluções duradouras que mantenham a produção de arroz no Brasil.