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Preta Gil morre aos 50 anos nos EUA por câncer no intestino

A cantora Preta Gil faleceu neste domingo (20), aos 50 anos, devido a complicações de um câncer no intestino. A artista estava nos Estados Unidos, onde buscava um tratamento experimental para a doença.

Diagnosticada em janeiro de 2023, Preta passou por um intenso tratamento no Brasil, que incluiu quimioterapia, radioterapia e uma cirurgia para remoção de tumores, realizada em agosto de 2024. Embora tenha mostrado uma resposta inicial positiva, a doença evoluiu, e surgiram metástases em outras partes do corpo, levando-a a buscar novas opções nos EUA. Ela se hospedava em Nova York e viajava com frequência para Washington, onde recebia atendimento em um centro especializado.

Preta Gil, filha do renomado músico Gilberto Gil, construiu uma carreira rica e diversificada. Seu primeiro álbum, “Prêt-à-Porter”, lançado em 2004, foi um marco na sua trajetória. O disco apresentava a canção “Sinais de Fogo”, criada pela compositora Ana Carolina especialmente para ela. A capa do álbum, que mostrava Preta nua, gerou controvérsias, e a cantora lembrou que seu pai, ao ver a imagem, chamou-a de “desnecessária”.

Com o tempo, a artista lançou outros trabalhos significativos, como o álbum “Preta”, de 2005, que incluiu sucessos como “Muito Perigoso” e “Eu e você, você e eu”. Em 2010, lançou “Noite Preta”, que deu origem a uma turnê nacional de sete anos. Um projeto marcante foi o “Baile da Preta”, um show que misturava diversos gêneros musicais e refletia seu gosto e respeito pela Música Popular Brasileira.

Preta também teve uma presença forte na televisão. Em 2010, apresentou o programa “Vai e Vem”, que abordava temas de sexualidade de forma leve e inteligente. Em 2012, lançou o disco “Sou como Sou”, que trouxe hits como “Mulher Carioca” e “Relax”. Ela ficou famosa por sua energia no Carnaval e, em 2017, fundou o bloco carnavalesco “Bloco da Preta”, atraindo mais de 500 mil foliões nas ruas do Centro do Rio de Janeiro.

Seu último trabalho musical foi o álbum digital “Todas as Cores”, lançado em 2017, com colaborações de artistas como Pabllo Vittar, Gal Costa e Marília Mendonça. Em 2021, gravou “Meu Xodó” com seu filho, Francisco Gil.

Além da música, Preta participou de novelas e séries, como “As Cariocas” e “Vai que Cola”, e foi apresentadora em programas de televisão. Em 2017, também criou a agência de marketing de influência Mynd, que contava com clientes renomados no cenário pop.

Como uma figura pública engajada, Preta Gil sempre usou sua voz para lutar contra injustiças sociais, incluindo o racismo e a gordofobia, sendo um ícone de representatividade no Brasil.

Em sua vida pessoal, ela era filha de Sandra Gadelha e Gilberto Gil, e tinha três irmãos e cinco meios-irmãos. Preta foi casada com o ator Otávio Müller, com quem teve seu único filho, Francisco, pai de sua neta Sol de Maria. O casal se separou em 1995. Ela também teve relacionamentos com Carlos Henrique Lima e o político Rodrigo Godoy, com quem foi casada de 2015 até 2023.

A perda de Preta Gil marca uma grande tristeza para o mundo da música e da cultura brasileira, onde sua contribuição e legado continuarão a ser lembrados.

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