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Conselho de ética suspende Janones por 3 meses após ataques a Nikolas

Durante uma discussão no Conselho de Ética, o deputado André Janones, do Avante de Minas Gerais, se defendeu de acusações que levou a uma suspensão de três meses. O conselheiro Fábio Schiochet, do União de Santa Catarina, afirmou que há provas de que Janones recebeu um e-mail convocando-o para a reunião, o que contradiz suas alegações de não ter sido informado sobre o julgamento.

Janones chegou ao encontro apenas no final da sessão, onde foi o último a se manifestar. Ele alegou que não tinha conhecimento sobre a reunião e que só ficou sabendo das deliberações algumas horas antes. “Eu não fui comunicado. Só fui informado umas duas, três horas atrás. Por isso não consegui chegar antes. Eu não teria nenhum problema em pedir desculpas, mas preciso entender qual foi a ofensa que eu proferi”, disse Janones.

Sua defesa teve um tom irônico, especialmente ao mencionar o deputado Nikolas Ferreira, do PL, que foi alvo dos comentários de Janones. O deputado se referiu a uma situação em que Nikolas usou uma peruca em público, fazendo um discurso considerado transfóbico e ofensivo à comunidade LGBTQIA+.

Inicialmente, a suspensão proposta para Janones era de seis meses. No entanto, o Conselho de Ética decidiu reduzi-la para três meses, o mesmo tempo de punição que foi aplicado ao deputado Gilvan da Federal, também do PL, que já enfrentou sanções similares. O relator do caso, Fausto Santos Jr., do União do Amazonas, aceitou essa posição.

A suspensão de Janones começará a valer a partir do dia seguinte à decisão. O deputado tem o direito de recorrer da decisão e afirmou que fará isso. De acordo com a legislação, ele tem um prazo de 24 horas para solicitar que a Câmara revise a decisão do Conselho de Ética.

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