Brasil em frio: conheça as 10 cidades mais geladas de 2025

Uma onda de frio intensa atingiu o Brasil nesta semana, trazendo madrugadas geladas e temperaturas mínimas que marcaram histórias. Esse cenário é resultado de uma massa de ar polar forte, combinada com condições como céu limpo e ventos calmos, que ajudaram a registrar temperaturas negativas em várias regiões do país.
O fenômeno teve maior destaque no Sul e Sudeste, onde o relevo elevado e áreas menos urbanizadas facilitaram a perda de calor durante a noite. Cidades conhecidas pelo frio extremo, além de algumas surpresas em capitais com clima normalmente mais ameno, foram afetadas. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) confirmou as mínimas e lançou alertas, ajudando a população a se preparar para esse frio intenso.
Agora, vamos dar uma olhadinha nas dez cidades mais frias do Brasil até o dia 25 de junho.
Urupema registra a menor temperatura do Brasil
Urupema (SC) marcou impressionantes –8,0 °C na madrugada do dia 25. Localizada na Serra Catarinense, essa cidade mantém a tradição de ser uma das mais frias do país. Em áreas mais altas, a sensação térmica chegou a –13 °C, com relatos de geadas espessas cobrindo a vegetação. A altitude da cidade é superior a 1.300 metros, atraindo turistas que buscam belos cenários invernais.
Paraná em destaque no ranking de temperaturas negativas
General Carneiro (PR) também teve destaque, registrando –7,8 °C no mesmo dia. Situada na divisa com Santa Catarina, a cidade passou por condições semelhantes às de Urupema e liderou o ranking no Paraná. Os moradores relataram geadas ao amanhecer e o uso intenso de fogões a lenha para aquecer os lares.
Outro local para ficar de olho é o distrito Horizonte, em Palmas (PR), que ficou com –5,2 °C. O frio chegou acompanhado de um céu limpo e ventos calmos, potencializando o resfriamento noturno. Palmas é conhecida por seus invernos rigorosos, e este ano, não foi diferente.
Minas Gerais e São Paulo entram no top 10 do frio
Monte Verde (MG), um famoso destino de inverno, registrou –2,2 °C no dia 25 de junho, o que explica a formação de geadas nas primeiras horas da manhã. Com a altitude acima de 1.500 metros, a cidade tem atraído cada vez mais visitantes que buscam aproveitar o frio.
Já em Campos do Jordão (SP), conhecida como a “Suíça Brasileira”, o termômetro chegou a –0,6 °C. Com uma sensação térmica de –1,7 °C, o frio estimulou o turismo local, com um incremento na procura por hospedagens e experiências gastronômicas.
Geadas severas no Sul do país
No dia 25 de junho, Serafina Corrêa (RS) teve um registro de –3,6 °C, superando outras cidades tradicionais do frio no Rio Grande do Sul. A cidade, localizada na Serra Gaúcha, sofreu com geadas generalizadas e baixa visibilidade.
Vacaria (RS) não ficou atrás, alcançando –3,5 °C, e manteve-se entre as mais frias do Brasil. Conhecida pela produção de maçãs e vinhos, a cidade enfrentou mais uma noite gelada.
Lages (SC), com –3,2 °C, também viu os efeitos do frio intenso em seu trânsito e no abastecimento de água, especialmente nas áreas rurais, onde a tradição de temperaturas baixas no inverno continua firme.
Interior e capital paulista enfrentam temperaturas baixíssimas
São Miguel Arcanjo (SP), no interior paulista, registrou 0,0 °C em 25 de junho. Embora não tenha atingido temperaturas negativas, a geada foi encontrada em diversos bairros, impactando a agricultura local.
A capital do Paraná, Curitiba, surpreendeu ao registrar –0,3 °C, com sensação térmica de –1,9 °C, a menor do ano até o momento. As geadas foram vistas em bairros periféricos e trouxeram implicações para o transporte e abrigos para pessoas em situação de vulnerabilidade.
O que explica o frio intenso neste mês de junho
As temperaturas negativas que estamos vendo agora são consequência direta da entrada de uma massa de ar polar forte. Esse fenômeno começou a avançar pelo Sul e Sudeste a partir do dia 23, provocando quedas acentuadas nas temperaturas. Em terrenos altos, como nas serras, o resfriamento foi ainda mais intenso, já que a perda de calor ocorre mais rapidamente.
A baixa umidade do ar e a ausência de nuvens também contribuíram para o resfriamento noturno. Além disso, as frentes frias vindas da Argentina, com ventos calmos, intensificaram as geadas e tornaram possível o registro de temperaturas abaixo de zero.
Expectativa de neve aumenta com novo avanço polar
Embora não tenhamos visto neve ainda em 2025, a expectativa é alta, especialmente em cidades como Urupema, São Joaquim e Bom Jardim da Serra. Meteorologistas explicam que, para a neve aparecer, precisamos de umidade adequada e temperaturas próximas ou abaixo de 0 °C.
Se essas condições se mantiverem, a possibilidade de ver neve nas áreas mais altas da Serra Catarinense e da Serra Gaúcha pode se confirmar. E você, como tem se aquecido neste inverno rigoroso?