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Affaire Jubillar: marido detalha versão do assassinato de Delphine

Confissões de Cédric Jubillar sobre a morte da esposa geram nova polêmica

Cédric Jubillar, um homem de 38 anos preso acusado de assassinar sua esposa, Delphine Jubillar, fez novas declarações durante uma visita íntima com sua nova companheira na prisão de Seysses, perto de Toulouse. Este encontro, que ocorreu após meses de um relacionamento discreto com uma mulher identificada como Judith, trouxe à tona um relato perturbador e confuso sobre os eventos da noite em que sua esposa desapareceu, entre 15 e 16 de dezembro de 2020, em Cagnac-les-Mines, no Tarn.

Jubillar, conhecido por suas declarações impactantes e por sua capacidade de manipular sua imagem pública, descreveu em detalhes como teria estrangulado Delphine. Ele afirmou que teria cometido o crime no salão da casa do casal, após ver mensagens românticas de sua esposa para outro homem. Segundo Jubillar, ele teria então colocado o corpo no porta-malas de seu carro, uma Peugeot 207 azul, e dirigido em silêncio até um local a cerca de 15 minutos da residência, onde alegadamente teria abandonado o corpo.

Durante suas confissões a Judith, que começou a se comunicar com ele em março de 2023, Jubillar detalhou que limpou a coberta que estava no local para remover vestígios do crime. Ele também afirmou que o filho do casal estava dormindo durante o incidente. Entretanto, seu relato apresenta diversas incoerências com as evidências disponíveis.

As investigações já indicavam que gritos de socorro foram ouvidos por vizinhos, o que contraria a versão de Jubillar. Além disso, o filho deles testemunhou ter presenciado uma discussão entre os pais antes dos gritos. Também há contradições sobre o celular de Delphine, que supostamente foi descartado por Jubillar, mas que ativou várias vezes naquela noite, algo que não condiz com sua narrativa.

Embora suas declarações sejam perturbadoras, as contradições levantam sérias dúvidas sobre sua credibilidade. A polícia e investigadores ressaltam que as evidências coletadas até agora não suportam a versão do acusado e apontam que seu discurso pode indicar uma possível premeditação do crime.

A relação entre Cédric e Judith começou após a desaparecimento de Delphine, com eles se conectando inicialmente pela internet. Judith defende que sua relação com Jubillar é "sincera" e tem procurado apoio emocional durante a detenção do artista. Assim como suas interações anteriores, essa conexão parece estar ligada ao desejo de Jubillar de manter sua notoriedade, o que pode influenciar os relatos que faz às suas companheiras.

Vale lembrar que o corpo de Delphine, uma enfermeira de 33 anos, nunca foi encontrado. Cédric Jubillar continua com a presunção de inocência e nega qualquer participação na morte ou no desaparecimento de sua esposa. O julgamento está marcado para o dia 22 de setembro de 2025, quando sua situação será oficialmente apreciada pela Justiça.

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