A T-Mobile anunciou que vai descontinuar seus programas de Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI) enquanto busca a aprovação da Federal Communications Commission (FCC) para duas novas aquisições que podem ampliar sua base de clientes significativamente.
A empresa informou em carta ao presidente da FCC, Brendan Carr, que não terá mais equipes dedicadas ao DEI e que removeu todas as menções a esses programas em seu site e em documentos de treinamento. De acordo com a T-Mobile, a descontinuação do DEI é “não apenas nominal, mas também substancial”. Isso significa que as futuras comunicações da empresa não farão mais referência a esses programas.
Essa mudança acontece em um contexto onde diversas grandes empresas, como Walmart, Tractor Supply e Lowe’s, também estão encerrando ou reduzindo suas iniciativas ligadas ao DEI. Essas decisões se intensificaram desde que Donald Trump foi eleito presidente em 2016 e, mais recentemente, após sua reeleição em janeiro de 2025, quando ele assinou uma ordem executiva que determina o fim dos programas de DEI em agências federais.
Atualmente, a T-Mobile está buscando a aprovação da FCC para a compra das operações de telefonia sem fio da United States Cellular por cerca de 4,4 bilhões de reais. Além disso, a empresa também pretende adquirir a fornecedora de internet Metronet em parceria com a firma de investimento KKR, que atende mais de dois milhões de clientes em 17 estados.
Em resposta a esta decisão, o presidente da FCC, Brendan Carr, manifestou sua aprovação, destacando que a medida representa um passo positivo em direção à igualdade de oportunidades e à não discriminação. Por outro lado, a comissária da FCC, Anna Gomez, criticou a T-Mobile, acusando a empresa de fazer uma manobra cínica para conseguir a aprovação regulatória, alegando que isso contradiz a suposta dedicação da empresa em promover a equidade e combater a discriminação.
Com a mudança no panorama federal sobre DEI, analistas prevêem que mais empresas poderão seguir o mesmo caminho da T-Mobile na busca por aprovação de suas iniciativas. O futuro das aquisições da T-Mobile agora depende da decisão da FCC.
