Orange Charging apresenta carregador ultrarrápido de 1.600 kW

A corrida para ter carros elétricos cada vez mais práticos acaba de ganhar um novo impulso. Recentemente, a Orange Charging, que é uma subsidiária da Didi, lançou um carregador supersônico que promete uma verdadeira revolução na forma de abastecer esses veículos. Com impressionantes 1.600 kW de potência, essa belezinha adiciona 100 km de autonomia em apenas um minuto. Já imaginou?
Essa tecnologia é fruto de uma parceria com um fabricante que entende tudo do assunto. Um dos destaques é um sistema de refrigeração líquida que garante que o carregador funcione perfeitamente mesmo em cargas intensas. Para completar, ele vem equipado com um sistema inteligente chamado “Orange Charging Unicorn OS”, que distribui a energia de maneira flexível entre os conectores. Isso significa eficiência de sobra na hora de recarregar.
Atualmente, a Orange Charging já está se estabelecendo com mais de 46 mil estações pela China. E o mais interessante? Quase metade delas oferece pontos de carga que vão além dos 180 kW. A empresa está mirando nas chamadas “cidades de supercarregamento”, que estão em fase de planejamento em algumas regiões. É um passo e tanto!
Essa iniciativa está alinhada com o movimento maior da indústria. Empresas como BYD, Huawei, Zeekr e CATL estão apostando alto em carregadores de megawatt. A ideia é atingir tempos de abastecimento tão rápidos quanto os de carros movidos a combustão. Um exemplo que marcou a atenção foi o Xiaomi YU7, que superou expectativas com 300 mil reservas em apenas 72 horas.
Olha só: a BYD já revelou soluções de até 1.360 kW com conectores duplos. A Huawei não ficou atrás, desenvolvendo um carregador de 1,5 MW destinado a caminhões e veículos pesados. Já a Zeekr apresentou uma estação com picos de 1,2 MW, focada em carros de passeio. Enquanto isso, a CATL se dedica a criar baterias que dêem conta dessas potências impressionantes e já começou a produzir linhas de alta tecnologia na China.
Porém, apesar de tantos avanços, ainda há desafios pela frente. O custo de instalação da infraestrutura de carregamento refrigerado a líquido é bastante alto, girando em torno de 80 a 120 mil yuans. Isso sem contar a manutenção constante para a troca do líquido de resfriamento, que também não é das mais baratas.
Além disso, a rede elétrica precisa estar pronta para suportar essa demanda intensa. Isso pode sobrecarregar o sistema e afetar a vida útil das baterias em uso contínuo. Por isso, é fundamental realizar estudos técnicos e aumentar os investimentos na área. Recentemente, a BYD inaugurou uma nova fábrica de veículos elétricos na Bahia, o que mostra que o Brasil também está se movendo nessa direção.
Para contornar esses obstáculos, as empresas estão buscando soluções que vão além do simples carregamento. Algumas estão investindo em baterias de apoio, outras estão utilizando inteligência artificial para otimizar a recarga e integrar sistemas de energia solar. O foco é garantir que o carregamento seja rápido, mas também sustentável.
Fica claro que a cooperação entre montadoras, fornecedores de energia e governos é imprescindível. Isso ajudará a acelerar a construção de infraestrutura necessária e a criar modelos de negócios viáveis para o carregamento ultrarrápido, que promete facilitar muito a vida dos motoristas de carros elétricos por aí.