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Sucessão no Partido Comunista é a incógnita geopolítica da China

A sucessão de Xi Jinping é um tema que intriga não só os chineses, mas também o mundo todo. Desde 2012, ele tem se consolidado como uma figura poderosa, talvez até mais influente do que Mao Tsé-Tung. Agora, aos 72 anos, a falta de um herdeiro claro para liderar a China gera muitas dúvidas e preocupações.

É bom lembrar que em regimes autoritários, como o da China, a transição de poder é geralmente um período delicado. A pergunta que fica não é apenas se as coisas vão mudar com a saída de Xi, mas como essa mudança será feita e se o país conseguirá manter uma coesão política durante o processo.

Quem pode herdar o legado de Xi Jinping

Na hora de pensar em um sucessor, Xi enfrenta um grande dilema. Ele precisa escolher alguém que seja leal e que possa manter seu legado, mas que também tenha força para lidar com possíveis crises internas no Partido Comunista.

Histórias do passado mostram os riscos dessa jogada. Por exemplo, Mao deixou um sucessor frágil, Hua Guofeng, que não durou muito tempo. Já Deng Xiaoping manteve sua influência mesmo sem cargos oficiais. Jiang Zemin soube manter controle sobre os militares mesmo após deixar o poder, enquanto Hu Jintao conseguiu passar o bastão para Xi de uma maneira tranquila. Sem esse apoio, qualquer futuro líder pode se ver em apuros rapidamente.

Quanto tempo Xi Jinping pode adiar a decisão

Se Xi optar por adiar a escolha de um sucessor, a situação interna do país pode ficar bem complicada. Os membros do Comitê Permanente do Politburo, que é o grupo mais influente na política chinesa, estão ficando mais velhos. Se ele deixar o poder em 2032, muitos deles já terão ultrapassado a casa dos 70 anos, o que torna difícil manter a continuidade do governo.

Essa situação pode levar Xi a optar por um sucessor mais jovem ou a deixar o país em um fogo cruzado de facções. Esse cenário é preocupante, pois pode desestabilizar não só a política interna da China, mas também prejudicar seu crescimento econômico e como o país é visto globalmente.

Onde o impacto pode ser mais explosivo

Externamente, a sucessão de Xi tem tudo para gerar um impacto direto em Taiwan. Ele já mandou os militares se prepararem para uma possível ação até 2027, considerando que a reunificação seria um ponto chave na sua história política. Se pressionado por um cenário de incerteza, Xi pode acabar optando por um conflito militar, o que pode ter consequências desastrosas para a estabilidade do país e da região.

Diante de uma eventual falha em Taiwan, as repercussões não impactariam apenas a China, mas afetariam a dinâmica global como um todo.

Por que a sucessão de Xi importa para o mundo

A transição que ocorrerá após Xi Jinping não é apenas uma questão da política interna chinesa. O que acontecer ali pode decidir se a China permanecerá forte e unida, ou se abrirá espaço para reformas que podem levar a uma fragmentação e um novo arranjo na ordem mundial.

Sendo a maior parceira comercial de várias nações, qualquer instabilidade em Pequim pode ter um efeito dominó nas cadeias produtivas, investimentos e até mesmo nas políticas de segurança em diversos países.

É importante compreender não só se haverá mudanças na China após Xi Jinping, mas também como essas mudanças podem impactar o equilíbrio geopolítico global. A falta de um herdeiro claro torna essa sucessão uma grande incógnita, cujo desfecho poderá afetar tanto a China quanto a economia mundial.

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