Rubio critica Maduro em meio às eleições municipais na Venezuela

Venezuelanos enfrentam eleições municipais em meio a críticas internacionais ao governo de Maduro
Neste domingo, 27 de julho, a Venezuela realiza eleições municipais para preencher centenas de cargos de prefeitos e milhares de cadeiras de conselheiros. O evento ocorre um dia antes do primeiro aniversário das polêmicas eleições presidenciais, amplamente criticadas como ilegítimas por diversos observadores internacionais, incluindo os Estados Unidos.
O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, criticou firmemente o presidente venezuelano Nicolás Maduro durante a votação. Ele afirmou que Maduro não é o presidente legítimo do país, reiterando que a administração norte-americana continua a apoiar a restauração da ordem democrática na Venezuela. Rubio lembrou que há um ano, Maduro declarou-se vencedor da eleição presidencial, desafiando a vontade do povo venezuelano.
A administração Trump intensificou a pressão sobre o governo Maduro, com o secretário do Tesouro, Scott Bessent, acusando-o de envolver-se em terrorismo contra os Estados Unidos. Bessent afirmou que Maduro é o líder de uma organização criminosa conhecida como "Cartel de los Soles", envolvida com o tráfico de drogas. A situação é tão grave que o Departamento de Justiça dos EUA apresentou acusações de narcoterrorismo e corrupção contra Maduro e outros altos oficiais do regime em março de 2020.
Além disso, a recompensa por informações que levem à captura de Maduro aumentou, passando de 15 milhões para até 25 milhões de dólares, antes da volta de Trump ao cargo. Rubio também destacou que Maduro e seu governo usam a manipulação do sistema eleitoral para manter seu poder. As eleições municipais, segundo ele, são um esforço para sufocar a vontade do povo com a ajuda das forças armadas e policiais.
A questão da legitimidade das eleições é central no conflito político da Venezuela. O país está em uma profunda crise econômica e social, com escassez de bens básicos e migração em massa de venezuelanos em busca de melhores condições de vida.
Maduro, que assumiu a presidência em 2013, não é reconhecido pelos EUA como o presidente legítimo desde 2019. Diversos países também se recusam a validar sua vitória nas eleições de 2024, apontando para evidências de fraudes generalizadas.
Neste cenário complicado, a expectativa é que as eleições municipais não tragam mudanças significativas, dadas as condições já críticas da democracia e dos direitos humanos no país. O governo dos EUA se comprometeu a continuar colaborando com aliados para responsabilizar o regime de Maduro e lutar contra a corrupção e a criminalidade.