Prio recebe licença prévia da Wahoo
A PRIO, empresa de exploração de petróleo, anunciou que recebeu a licença prévia do IBAMA para iniciar a construção de um duto, conhecido como “pipeline”, que irá conectar os poços do campo Wahoo ao navio-plataforma FPSO localizado na área de Frade. Essa licença é uma etapa importante para o projeto, que visa aumentar a produção da empresa em aproximadamente 40 mil barris de petróleo por ano. Atualmente, a PRIO produz cerca de 115 mil barris anualmente.
Apesar de as ações da PRIO terem registrado uma queda durante o dia, assim que a notícia da licença foi divulgada, os papéis conseguiram recuperar as perdas e entraram em leilão. Esse movimento no mercado é um indicativo do interesse dos investidores sobre a possibilidade de avanço do projeto.
O próximo passo agora é que o IBAMA converta esta licença prévia em licença definitiva. Para isso, a PRIO deve atender a 11 condições impostas pela agência ambiental, que envolvem a adesão a programas de monitoramento e acompanhamento ambiental.
O CEO da empresa, Roberto Monteiro, expressou a expectativa de que essa conversão ocorra ainda no terceiro trimestre deste ano. Se isso acontecer, a operação do campo Wahoo pode começar já em março do ano que vem. A construção do pipeline, que terá 30 km de extensão e será instalado a uma profundidade de 1.200 metros no fundo do mar, está orçada para levar cerca de cinco meses.
Em fevereiro, a PRIO havia obtido a licença do IBAMA para perfurar poços em Wahoo, com previsão de que essa perfuração seja finalizada em fevereiro do próximo ano. O investimento total previsto para o campo Wahoo está estimado em aproximadamente US$ 900 milhões, dos quais a maior parte já foi aplicada. O restante a ser investido gira em torno de US$ 300 milhões.
A licença obtida recentemente é vista como um alívio para a empresa, pois havia dúvidas no mercado sobre a cronologia do projeto, embora muitos acreditassem que ele, eventualmente, sairia do papel. A PRIO adquiriu o campo Wahoo da BP em novembro de 2020 e vem aguardando as licenças necessárias para iniciar as obras desde 2022.




