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Países do Brics respondem a comentário de Trump sobre tarifas

Após a declaração do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre tarifas adicionais para países que se alinharem às “políticas antiamericanas” do Brics, os Estados membros do bloco reagiram. Trump anunciou no domingo (6) que esses países enfrentariam uma tarifa extra de 10%, sem exceções.

Na rede social Truth Social, Trump escreveu: “Qualquer país que se alinhar às políticas antiamericanas do Brics pagará uma tarifa ADICIONAL de 10%. Não haverá exceções a esta política. Obrigado pela atenção!”

O Brics, que iniciou suas atividades em 2009 com Brasil, Rússia, Índia e China, expandiu sua composição ao longo dos anos, incluindo a África do Sul e, mais recentemente, Egito, Etiópia, Indonésia, Irã e Emirados Árabes Unidos.

A seguir, as reações de alguns países membros do Brics:

### Rússia
O Kremlin afirmou que o Brics nunca teve a intenção de prejudicar outras nações. O porta-voz Dmitry Peskov mencionou que as declarações de Trump foram notadas, mas ressaltou que o foco do Brics é a cooperação entre seus membros, baseada em interesses comuns. Ele destacou que a união do bloco não busca direcionar suas ações contra outros países.

### China
O Ministério das Relações Exteriores da China discordou do uso de tarifas como uma forma de pressão. A porta-voz Mao Ning afirmou que tais tarifas não beneficiam ninguém e que a cooperação deve ser promovida sem coerções.

### África do Sul
A África do Sul se posicionou, afirmando que não é antiamericana e que continua buscando um acordo comercial com os Estados Unidos. Um porta-voz do Ministério do Comércio, Kaamil Alli, mencionou que o país tem conversado de forma construtiva com o governo americano desde maio do último ano, quando o presidente Cyril Ramaphosa se reuniu com Trump. Ele ressaltou que a África do Sul aguarda uma comunicação formal dos EUA sobre as negociações.

### Malásia
A Malásia afirmou que sua política externa é independente e prioriza a facilitação do comércio. O país foi admitido como parceiro do grupo Brics no ano passado, mas não como membro efetivo. O Ministério do Comércio da Malásia destacou que a nação não pretende se alinhar ideologicamente a nenhuma das partes envolvidas nos conflitos atuais.

As declarações de Trump geraram um amplo debate em nível internacional sobre a relação entre os países do Brics e os Estados Unidos, colocando em evidencia a dinâmica entre cooperação e tensões comerciais.

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