Microsoft demite cerca de 9.000 funcionários em nova fase de cortes

A Microsoft anunciou que irá demitir cerca de 9.000 funcionários. Esse corte representa menos de 4% do total de seus colaboradores ao redor do mundo e abrange diferentes equipes, regiões e níveis de experiência. A decisão foi divulgada no segundo dia do novo ano fiscal da empresa, que começou em 1º de julho.
Segundo um porta-voz da Microsoft, a empresa está realizando mudanças organizacionais para se adaptar a um mercado em constante evolução. Esta não é a primeira vez que a companhia realiza cortes. Somente neste ano, a Microsoft realizou várias demissões, incluindo uma redução de menos de 1% nos colaboradores em janeiro, mais de 6.000 demissões em maio e outras 300 em junho. Até junho de 2024, a empresa contava com aproximadamente 228.000 empregados. Em 2023, foram demitidos cerca de 10.000 trabalhadores.
O maior corte histórico da Microsoft ocorreu em 2014, quando a companhia eliminou 18.000 postos de trabalho após a aquisição da unidade de dispositivos e serviços da Nokia. As demissões mais recentes têm como objetivo reduzir a hierarquia de gerentes entre os funcionários e os executivos, melhorando a agilidade e a eficiência da empresa.
Phil Spencer, CEO da divisão de jogos da Microsoft, comunicou em um memorando que a empresa irá focar em áreas estratégicas para garantir sucesso a longo prazo, o que pode incluir o fechamento ou a diminuição de atividades em certos setores.
Apesar das demissões, a Microsoft teve um desempenho financeiro positivo. No trimestre de março, a empresa reportou um lucro líquido de quase 26 bilhões de dólares sobre uma receita de 70 bilhões, superando as expectativas de analistas e se mantendo como uma das empresas mais lucrativas do índice S&P 500. Para o próximo trimestre, os executivos da Microsoft projetam um crescimento de 14% na receita em comparação ao ano anterior, impulsionado pelo aumento dos serviços de nuvem Azure e assinaturas de software para empresas.
As ações da Microsoft atingiram um nível recorde de 497,45 dólares por ação em 26 de junho, mas apresentaram uma leve queda de 0,6% no início do pregão de quarta-feira, enquanto o S&P 500 se manteve estável.