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Frigorífico de bovinos receberá R$ 150 milhões e abaterá 4.400/dia

O mercado de frigoríficos no Brasil está em constante transformação e a pergunta que muitos fazem é: qual é o maior frigorífico do Brasil? A resposta não é tão simples, pois diferentes empresas dominam o processamento de cada tipo de carne.

No segmento de carne bovina, a JBS se destaca, ampliando sua presença com uma expansão bilionária. E, enquanto isso, no setor de aves, a competição é ainda mais acirrada, revelando estratégias de crescimento bem diferentes entre os líderes.

Recentemente, a JBS anunciou um investimento de R$ 150 milhões para a expansão da sua planta em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Este projeto busca duplicar a capacidade de abate diário, passando de 2.200 para 4.400 cabeças de gado. O interessante é que a habilitação para exportar para a China, conquistada em março de 2024, foi o principal gatilho desse investimento. Isso mostra como os mercados internacionais influenciam as decisões locais.

O Futuro Líder da Carne Bovina

A inauguração da maior planta de bovinos da América Latina está programada para 2025. Além de aumentar a capacidade de produção, a JBS deve dobrar o número de funcionários, de 2.300 para 4.600. Essa expansão é um importante passo para a empresa se consolidar ainda mais no mercado global.

A Disputa no Setor de Aves

Falando em aves, essa disputa é complexa e cheia de nuances. A São Salvador Alimentos (SSA), por exemplo, é uma planta moderna em Goiás, mas se destaca mais pela tecnologia do que pelo volume. Por outro lado, a C.Vale, uma cooperativa no Paraná, possui a maior capacidade de abate do país, com impressionantes 530.000 aves por dia. Embora a SSA tenha metas ambiciosas de alcançar 1 milhão de aves por dia até 2025, ela ainda precisa ganhar volume.

Para alcançar esses objetivos, a SSA está investindo na modernização de suas instalações, com um aporte de R$ 80 milhões para tecnologia e planos de um novo investimento de R$ 100 milhões para implementar práticas da Indústria 4.0.

Modelos de Crescimento Distintos

Essas duas empresas operam com modelos de crescimento bastante diferentes. A JBS busca se expandir rapidamente, investindo em aquisições e se aproveitando de financiamentos. Ela planeja uma listagem dupla na bolsa de Nova York, o que é um indicativo claro de suas ambições globais.

A SSA, por outro lado, foca em crescer de forma orgânica e sustentável, priorizando a excelência operacional. Este modelo autofinanciado envolve integrar suas operações para garantir resiliência sem depender tanto do mercado de capitais.

A Corrida por Mercados e Desafios Ambientais

O que impulsiona esse crescimento é, sem dúvida, o mercado de exportação. O Brasil é um gigante na Exportação de carne, especialmente para países como a China, que continuam a ser um pilar importante para esses negócios.

Entretanto, com todo esse crescimento, vem também uma pressão crescente por práticas sustentáveis. A JBS, por operar na Amazônia, enfrenta críticas constantes sobre a rastreabilidade de sua cadeia produtiva. Já a SSA, situada no Cerrado, busca garantir acesso a mercados exigentes através de certificações de qualidade. A forma como essas empresas lidam com riscos ambientais e sociais será crucial para definir quem realmente levará o título de maior frigorífico do Brasil nos próximos anos.

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