Filha retira vida da mãe após desentendimento simples

O caso que começou como uma investigação de latrocínio rapidamente se transformou em uma tragédia impactante em Manaus. A morte de Francisca Alves Praia, de 48 anos, no dia 17 de agosto, deixou a cidade em choque e gerou uma comoção que ultrapassou as fronteiras do Amazonas.
O que surpreendeu a todos foi a revelação de que o crime teria sido encomendado pela própria filha da vítima, uma adolescente de apenas 12 anos. O assassino, Renato do Vale Costa, de 25 anos, confessou que matou Francisca a pedido da menor, com quem ele tinha um relacionamento amoroso. A frieza do ato e os motivos por trás dele trouxeram um peso ainda maior ao caso.
O delegado Adanor Porto, que comanda as investigações, declarou que a apuração revelou um cenário alarmante de violência, manipulação e interesses financeiros. Cada novo detalhe expõe falhas nas relações familiares e sociais. Vale lembrar que Francisca tinha uma deficiência física, resultado de complicações da diabetes, o que a tornava ainda mais vulnerável.
Detalhes da execução revelam crueldade e desespero
Francisca foi morta dentro de sua casa, no bairro Monte das Oliveiras, na Zona Norte de Manaus. Renato acessou o local pelo telhado, pegou uma faca na cozinha e, sem qualquer chance de defesa, desferiu golpes fatais no pescoço da mulher. Após cometer o crime, ele ainda furtou objetos da residência, como um botijão de gás, na tentativa de simular um latrocínio. Porém, essa farsa não resistiu à investigação da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS).
Renato foi preso em flagrante, enquanto a adolescente foi apreendida e levada para a Delegacia Especializada em Apuração de Atos Infracionais (DEAAI). O que chamou a atenção da polícia foi a frieza que a menina demonstrou durante os depoimentos, levando a equipe a investigar mais sobre o relacionamento entre os dois.
Repercussão, reflexões e busca por justiça
As investigações apontam duas motivações principais para o crime: a rejeição de Francisca ao relacionamento da filha com Renato e a ambição financeira da adolescente. Ela acreditava que sua mãe tinha uma quantia considerável de dinheiro guardada em casa, cerca de R$ 17 mil, o que pode ter influenciado a decisão de planejar o assassinato.
Esse caso gerou uma enorme comoção em Manaus e repercutiu por todo o Brasil. A ideia de que uma menina tão jovem poderia planejar a morte da própria mãe levanta questões importantes sobre a estrutura familiar, saúde mental e a influência de relacionamentos abusivos. A responsabilidade penal de menores também é um tópico que está sendo muito discutido nesse contexto.
Atualmente, Renato está preso, e a adolescente encontra-se em uma unidade socioeducativa. As investigações continuam, buscando por possíveis cúmplices e mais detalhes do plano. Este trágico episódio serve como um alerta de que a violência pode estar mais próxima do que podemos imaginar, ressaltando a importância de políticas públicas que ofereçam justiça, apoio psicológico e proteção social.