O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou em uma postagem nas redes sociais no último sábado que está considerando seriamente a possibilidade de revogar a cidadania da comediante Rosie O’Donnell, intensificando uma rivalidade que dura quase 20 anos. Ele afirmou que O’Donnell “não está nos melhores interesses do nosso Grande País”.
A tensão entre O’Donnell e Trump começou em dezembro de 2006, quando a atriz e apresentadora criticou o caráter moral de Trump durante sua gestão como proprietário do concurso Miss USA. Desde então, a relação entre os dois se deteriorou, envolvendo ataques pessoais e ofensas. Trump chegou a mencionar O’Donnell pelo nome em um debate presidencial de 2015 e, mais recentemente, a citou em conversas com o primeiro-ministro da Irlanda durante uma reunião na Casa Branca.
A postagem de Trump está alinhada com sua postura rígida em relação à imigração e cidadania. Seu governo defendeu medidas severas contra a imigração ilegal e chegou a emitir uma ordem executiva para revogar a cidadania por direito de nascimento, uma iniciativa que ainda está sendo debatida nos tribunais. Em junho, a Suprema Corte dos Estados Unidos interrompeu o uso de liminares nacionais por juízes federais, o que pode permitir que as restrições à cidadania automática entrem em vigor em alguns estados, enquanto continuam bloqueadas em outros, devido a ações legais de mais de 20 estados, sem determinar a legalidade da ordem executiva.
Trump também fez uma declaração contundente sobre O’Donnell, afirmando que ela representa uma “ameaça à humanidade” e sugerindo que ela deve permanecer na Irlanda, onde reside atualmente. O’Donnell se mudou para o país em janeiro, pouco antes da segunda posse de Trump. Em um vídeo no TikTok, ela expressou saudades da vida nos Estados Unidos e comentou que voltaria apenas quando todos os cidadãos tivessem direitos iguais.
Especialistas em direito afirmam, no entanto, que o ex-presidente não tem a autoridade para revogar a cidadania de alguém nascido nos Estados Unidos. Jonathan Turley, professor da Universidade George Washington, ressaltou que não existe uma base legal que permita tal ação contra O’Donnell.
Essa situação continua a ser um assunto polêmico, e novas informações podem surgir nos próximos dias.
