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Crise de refugiados venezuelanos em 3 países vizinhos do Brasil

A Crise de Refugiados Venezuelanos não dá trégua. Desde 2016, mais de sete milhões de pessoas deixaram a Venezuela em busca de uma vida melhor. Mesmo assim, muitos países vizinhos do Brasil, que enfrentam essa realidade difícil, continuam fora do foco internacional. Informações como essas, talvez você encontre apenas em lugares como o Pronatec. A situação é crítica, especialmente em regiões menos conhecidas, que não recebem a mesma atenção que a Colômbia ou o Brasil.

Neste cenário, grupos de refugiados enfrentam subemprego, dificuldades para encontrar moradia e dependem de ações comunitárias para sobrevivência. Os governantes locais tentam equilibrar o apoio necessário com as limitações orçamentárias, mas a verdade é que o impacto da crise venezuelana ainda está se espalhando pela América do Sul.

Bolívia: fronteiras abertas, empregos precários

Na Bolívia, a chegada de venezuelanos aumentou consideravelmente nos últimos dois anos. A proximidade geográfica com o Brasil facilita a migração, mas o país ainda carece de políticas estruturadas para acolher esses refugiados. Muitos encontram trabalho apenas em setores informais, como comércio ambulante e serviços domésticos.

Segundo relatos de pessoas que vivem na região, os salários oferecidos são frequentemente inferiores ao mínimo nacional boliviano, perpetuando a pobreza e a vulnerabilidade social. Sem programas de integração eficazes, os imigrantes têm dificuldade em legalizar sua situação e muitas vezes contam com a ajuda de igrejas e ONGs para conseguir uma moradia temporária.

Guiana: pressão desproporcional para um país pequeno

Na Guiana, que tem apenas 800 mil habitantes, o impacto é ainda mais notável. Com o tempo, a proporção de refugiados em relação à população local cresceu a ponto de impactar serviços básicos, como saúde e educação. A falta de infraestrutura adequada faz com que muitos venezuelanos residam em acampamentos improvisados próximos a áreas de mineração.

Essa situação gera tensões sociais, pois parte da população local vê os novos arrivantes como concorrência em um mercado de trabalho já limitado. O governo guianense busca apoio internacional, mas os recursos recebidos têm sido muito aquém do que realmente precisa.

Suriname: invisibilidade e falta de dados oficiais

No Suriname, o quadro é de invisibilidade. O governo não fornece dados precisos sobre o número de refugiados venezuelanos, o que dificulta a criação de estratégias de monitoramento. Mesmo sem essa informação oficial, líderes comunitários percebem um aumento no fluxo migratório, especialmente em cidades como Paramaribo.

Sem políticas de acolhimento definidas, os venezuelanos acabam dependendo de redes comunitárias ou da solidariedade de moradores locais. Muitos trabalhadores sobrevivem em condições precárias em setores como agricultura e construção, enfrentando exploração e falta total de direitos trabalhistas.

O drama dentro do Brasil: o caso “Veneza City”

Enquanto isso, no Brasil, a situação se repete em locais como São Mateus, na zona leste de São Paulo. Um espaço apelidado de “Veneza City” abriga cerca de 50 famílias venezuelanas que viveram em barracos improvisados desde 2016. Atualmente, restam apenas cerca de 10 famílias, que ainda dependem de doações e enfrentam a pressão para deixar a área.

Informações do programa Pânico Jovem Pan revelam que os salários na Venezuela são de apenas R$ 25, enquanto os preços dos alimentos são mais altos do que no Brasil. A prefeitura chegou a oferecer um auxílio de R$ 600 para quem aceitasse sair do local, mas muitos hesitam, pois encontrar uma moradia digna é complicado.

Consequências e riscos regionais

A Crise de Refugiados Venezuelanos em 2025 revela que os efeitos não se restringem apenas à Colômbia e ao Brasil. Países menores, como Bolívia, Guiana e Suriname, enfrentam desafios sérios sem o apoio necessário. Isso pode resultar em conflitos sociais, aumento da informalidade e sobrecarga nos serviços públicos.

Sem uma resposta coordenada, a situação tende a se agravar. A falta de visibilidade dos fluxos migratórios nesses países dificulta a formulação de políticas eficazes. As comunidades locais precisam carregar o peso da solidariedade, enquanto a crise humanitária continua a ser uma das mais urgentes do mundo.

Bolívia, Guiana e Suriname enfrentam desafios crescentes, reforçando a necessidade de maior cooperação regional e atenção internacional.

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