Comissário da FCC propõe transferência de poder da mídia para o local

Mudanças no Controle da Mídia: FCC Busca Poder Local
O comissário da Comissão Federal de Comunicações dos Estados Unidos (FCC), Brendan Carr, comentou sobre a crescente desconfiança do público em relação à mídia tradicional. Ele propôs que o controle sobre a informação seja transferido de grandes emissoras nacionais para emissoras locais. Durante uma entrevista, Carr destacou a necessidade de uma mudança para que a mídia opere realmente em favor do interesse público.
Carr afirmou que a FCC deve focar em como empoderar os broadcasters locais, que vivem e trabalham nas comunidades que servem. Para ele, a influência das grandes redadorias, como ABC, CBS e NBC, precisa ser limitada, para que as emissoras locais possam oferecer um serviço mais relevante.
Essas declarações surgiram após a aprovação de uma fusão entre a Paramount e a empresa de entretenimento Skydance, que recebeu críticas no contexto das recentes demissões e controvérsias que envolvem a edição de entrevistas da rede. A FCC autorizou o negócio em um momento tenso, onde CBS anunciou o fim do programa "Late Show" de Stephen Colbert e enfrentou uma série de relações conturbadas com o ex-presidente Donald Trump.
A Skydance negou qualquer envolvimento na demissão de Colbert, afirmando que foi informada após a decisão e que atendeu a todas as normas de anticorrupção. Essa justificativa foi enviada em uma carta ao grupo de senadores que levantou a questão de pressões políticas em torno da fusão.
Brendan Carr descreveu o cenário atual da mídia como uma mudança significativa em como o poder é distribuído e quem controla a narrativa. Ele elogiou a promessa da Skydance de promover um jornalismo mais equilibrado. Carr relacionou a crise de confiança na mídia tradicional a eventos políticos recentes, afirmando que a presidência de Donald Trump fez com que muitas pessoas questionassem a influência e a credibilidade das grandes redes.
O comissário comentou que a mídia convencional se tornou um tipo de "porteiro" da informação, mas que a população agora tem acesso a uma variedade maior de recursos, como internet e redes sociais, permitindo que as pessoas busquem informações diversas e não aceitem passivamente o que é apresentado.
Porém, Carr também reconheceu que existem sérias desconfianças sobre a credibilidade da mídia tradicional, citando diversos casos, como a origem da COVID-19, a censura de informações sobre o laptop de Hunter Biden e a cobertura sobre a chamada "Russiagate". O comissário acredita que essa perda de confiança está impactando negativamente os modelos de negócios das grandes mídias, que tentam culpar Trump por suas dificuldades.
Essas discussões sobre o futuro do jornalismo e o papel das emissoras locais na cobertura de notícias refletem um momento de transformação no panorama midiático.